CURITIBA - A maioria das 16 testemunhas ouvidas pela Justiça do Paraná nesta quinta-feira confirmou que o ex-deputado Luiz Fernando Ribas Carli Filho estava bêbado e tinha excedido a velocidade no momento do acidente que causou a morte dos jovens Gilmar Rafael Yared e Carlos Murilo de Almeida, em maio de 2009. Foram ouvidos policiais militares do Corpo de Bombeiros, médico do Siate e peritos do Instituto de Criminalística do Paraná.
O juiz Daniel Ribeiro Surdi de Avelar, da 2ª Vara de Júri de Curitiba, deve prosseguir ouvindo testemunhas nesta sexta-feira, totalizando 38 pessoas, tanto da defesa quanto da acusação. Ele tem 20 dias para decidir se leva o ex-parlamentar a júri popular. Nesse caso, Avelar acataria denúncia-crime de duplo homicídio doloso (com intenção de matar) apresentada pelo Ministério Público.
De acordo com o MP, Carli Filho dirigia alcoolizado e em alta velocidade, aproximadamente 167 Km/h, em local onde o máximo permitido é de 60Km/h. Além disso, o ex-deputado estava com carteira de habilitação suspensa, com 130 pontos.
A mãe de Gilmar Yared, Christiane, acredita que o caso não deva terminar em pizza:
- O juiz é correto, está ouvindo as testemunhas, que estão confirmando o que já estava nos autos. Vamos sair daqui com as provas mostradas no inquérito. A Justiça brasileira tem oportunidade de mostrar que as coisas não terminam em pizza - declarou.
Enquanto o pai acompanhou a audiência, Christiane alegou não ter condições emocionais e preferiu permanecer no saguão do tribunal.
- Não tenho condição emocional de ouvir as testemunhas dizendo que encontraram pedaços do meu filho, olho, nariz dentro do carro, que chegou a 11 graus porque sangrou tudo que tinha que sangrar. Essas coisas são muito sofridas - disse.
O advogado das vítimas do acidente, Elias Mattar Assad, acredita que Carli Filho vai a júri popular e prevê que o julgamento deve ocorrer até o final deste ano.
- Os depoimentos estão comprovando as provas obtidas no transcorrer do inquérito - afirma.
Já o advogado de Carli Filho, Roberto Brzezinski Neto, afirmou que os depoimentos não alteram o rumo do processo e defendeu a ausência do ex-parlamentar não precisava ter comparecido por não ser testemunha:
- Ele não precisava ter comparecido por não ser testemunha. Ele vai comparecer quando for convocado pelo juiz - disse.
O advogado de Carli Filho também contestou o depoimento das testemunhas e falou pela primeira vez sobre a exclusão do laudo de dosagem alcoólica do processo.
- A prova é ilícita, colhida na inconstitucionalidade. E se o laudo fosse considerado, o teor de dosagem alcoólica estava 1,8 acima do permitido, o que seria tecnicamente irrelevante e não acarretaria nenhuma dificuldade na direção do veículo - defendeu.
O exame, realizado pelo Instituto Médico Legal (IML), apontou que havia 7,8 decigramas de álcool por litro de sangue no material, praticamente quatro vezes mais do que o nível tolerado, que é dois decigramas.
O juiz Daniel Ribeiro Surdi de Avelar, da 2ª Vara de Júri de Curitiba, deve prosseguir ouvindo testemunhas nesta sexta-feira, totalizando 38 pessoas, tanto da defesa quanto da acusação. Ele tem 20 dias para decidir se leva o ex-parlamentar a júri popular. Nesse caso, Avelar acataria denúncia-crime de duplo homicídio doloso (com intenção de matar) apresentada pelo Ministério Público.
De acordo com o MP, Carli Filho dirigia alcoolizado e em alta velocidade, aproximadamente 167 Km/h, em local onde o máximo permitido é de 60Km/h. Além disso, o ex-deputado estava com carteira de habilitação suspensa, com 130 pontos.
A mãe de Gilmar Yared, Christiane, acredita que o caso não deva terminar em pizza:
- O juiz é correto, está ouvindo as testemunhas, que estão confirmando o que já estava nos autos. Vamos sair daqui com as provas mostradas no inquérito. A Justiça brasileira tem oportunidade de mostrar que as coisas não terminam em pizza - declarou.
Enquanto o pai acompanhou a audiência, Christiane alegou não ter condições emocionais e preferiu permanecer no saguão do tribunal.
- Não tenho condição emocional de ouvir as testemunhas dizendo que encontraram pedaços do meu filho, olho, nariz dentro do carro, que chegou a 11 graus porque sangrou tudo que tinha que sangrar. Essas coisas são muito sofridas - disse.
O advogado das vítimas do acidente, Elias Mattar Assad, acredita que Carli Filho vai a júri popular e prevê que o julgamento deve ocorrer até o final deste ano.
- Os depoimentos estão comprovando as provas obtidas no transcorrer do inquérito - afirma.
Já o advogado de Carli Filho, Roberto Brzezinski Neto, afirmou que os depoimentos não alteram o rumo do processo e defendeu a ausência do ex-parlamentar não precisava ter comparecido por não ser testemunha:
- Ele não precisava ter comparecido por não ser testemunha. Ele vai comparecer quando for convocado pelo juiz - disse.
O advogado de Carli Filho também contestou o depoimento das testemunhas e falou pela primeira vez sobre a exclusão do laudo de dosagem alcoólica do processo.
- A prova é ilícita, colhida na inconstitucionalidade. E se o laudo fosse considerado, o teor de dosagem alcoólica estava 1,8 acima do permitido, o que seria tecnicamente irrelevante e não acarretaria nenhuma dificuldade na direção do veículo - defendeu.
O exame, realizado pelo Instituto Médico Legal (IML), apontou que havia 7,8 decigramas de álcool por litro de sangue no material, praticamente quatro vezes mais do que o nível tolerado, que é dois decigramas.
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