quarta-feira, 2 de março de 2011

Caso Joanna: defesa de falso médico entra com pedido de liberdade na Justiça


Estudante de medicina atendeu a menina dias antes de ela entrar em coma e morrer

O advogado Edson Ferreira, que defende o estudante de medicina Alex Sandro da Cunha Silva, disse que vai entrar com recurso na Justiça para que o estudante responda pelos crimes dos quais é acusado em liberdade. Nesta terça-feira (1º) ele teve o pedido de revogação da prisão negado. O acadêmico atendeu a menina Joanna Marcenal no hospital Rio Mar, na Barra, dias antes de ela entrar em coma e morrer.
- Vou usar os recursos legais para que ele responda pelo crime em liberdade. Entrei com pedido e revogação da prisão, mas o juiz não aceitou e disse que quando rever o processo vai analisar o pedido novamente. Ele se apresentou, não tem porque ficar preso.
O advogado atribuiu à pediatra Sarita a responsabilidade pelos crimes cometidos por Alex Sandro. Ele usou o carimbo, mas quem fez o carimbo e acertou toda a situação foi a médica, de quem ele era acadêmico. O depoimento dele foi excelente, explicou tudo e contou toda a verdade.
Em depoimento nesta terça-feira, o estudante alegou não ter se apresentado antes porque teve medo. Ao ser informado de que continuaria preso, Alex Sandro chorou, alegando que não suportava mais estar foragido e que não via as duas filhas há sete meses. Ele não revelou onde esteve durante todo esse período, mas afirmou não ter saído de São João de Meriti, na Baixada Fluminense.
- Ela me ligou várias vezes e me mandava sumir, desaparecer até a poeira baixar. Mandou até eu sair do país, ir pra Portugal, Espanha. Eu disse que não poderia ir porque tinha família. Eu não fui ameaçado diretamente, mas tive medo dela. A família dela fez contato com a minha várias vezes.

Relembre o caso
A menina Joanna, que teria sido vítima de maus-tratos, morreu no CTI do Hospital Amiu, em Botafogo, na zona sul do Rio. Ela foi internada na unidade depois de passar por dois hospitais em Jacarepaguá e na Barra da Tijuca, zona oeste da cidade. Além de ter tido várias convulsões, ela apresentava hematomas nas pernas e marcas nas nádegas e no tórax, que aparentavam queimaduras.
A mãe da criança, a médica Cristiane, acusa o pai da menina, que tinha a guarda dela na época, de maus-tratos. Marins nega e atribui os ferimentos a sucessivas crises de convulsão.
Durante as investigações da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima, foi descoberto que, além dos maus-tratos, a criança tinha sido atendida por um falso médico no Hospital Rio Mar, na Barra da Tijuca. Ela ficou 28 dias internada no Hospital Amiu. A polícia investiga os maus-tratos e o erro médico.
Marins está preso desde 25 de outubro de 2010 sob acusação de tortura e homicídio qualificado. Vanessa Maia, madrasta de Joanna, responde o mesmo processo em liberdade.
Três audiências sobre o processo contra o pai da menina já foram realizadas. Na última, realizada no dia 7 de fevereiro, o pai da menina falou pela primeira vez. Ele se defendeu das acusações e disse que amarrava a menina sob orientação de psicólogos.


Um comentário:

  1. Que história mais horripilante!

    Fica difícil saber quem é o culpado nessa história. Mas tenho quase certeza de que alguém aí está sendo pego para Cristo e tendo toda a culpa jogada nas costas...

    ResponderExcluir

Verbratec© Desktop.