terça-feira, 1 de março de 2011

Caso Joanna: Justiça ouve estudante de medicina que atendeu a menina


Rio - O juiz Alberto Fraga, em exercício no 3º Tribunal do Júri da capital, interroga nesta terça-feira, dia 1º de março, Alex Sandro da Cunha Silva, acusado de exercício ilegal da medicina com resultado morte da menina Joanna Cardoso Marcenal Marins, de 5 anos.
Contratado pela médica Sarita Fernandes Pereira, ele atendeu a criança no Hospital Rio Mar, na Zona Oeste do Rio, e lhe deu alta quando ela ainda estava desacordada. O réu também foi denunciado pelo mesmo crime em relação a todas as vítimas não identificadas, até o momento, atendidas no mês de julho de 2010 na emergência do hospital, entre outros crimes.
Alex Sandro teve a prisão preventiva decretada, mas estava foragido desde agosto de 2010. Ele se apresentou ontem, dia 28 de fevereiro, na Delegacia de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Segundo o juiz, as testemunhas de acusação e defesa já foram ouvidas. Após o interrogatório do réu, o processo entrará na fase de alegações finais do Ministério Público e da defesa. Em seguida será proferida sentença que decidirá se o estudante irá ou não a júri popular.
Joanna Marins morreu no dia 13 de agosto de 2010, na Clínica Amiu, em Botafogo, de parada cardíaca. Ela era alvo de disputa entre os pais, o funcionário público André Marins e a médica Cristiane Marcenal. A médica Sarita Fernandes foi presa no dia seguinte, mas Alex Sandro, estudante do 5º ano de medicina, fugiu. Ela é acusada do crime de homicídio doloso por omissão e exercício irregular da medicina com resultado morte. Tanto ela quanto Alex Sandro também foram denunciados por estelionato, falsificação e uso de documento falso e tráfico ilícito de entorpecentes.

Médica em liberdade
A médica Sarita Fernandes Pereira, acusada de homicídio, na forma omissiva, contra a menina Joanna Cardoso Marcenal Marins, 5 anos, foi solta, no dia 16 de dezembro do ano passado. O juiz Guilherme Schilling Pollo Duarte, do 3ª Tribunal do Júri da Capital, concedeu na mesma semana, a liberdade provisória e determinou a expedição de alvará de soltura para a médica.

Pai alega inocência
No dia 7 de fevereiro o juiz Alberto Fraga, em exercício no 3º Tribunal do Júri da Capital, interrogou o funcionário público André Rodrigues Marins, pai da menina Joanna Cardoso Marcenal Marins. Ele também ouviu os depoimentos de duas testemunhas de defesa do réu. A audiência de instrução e julgamento é continuação da realizada no dia 17 de janeiro. André Marins e sua mulher, Vanessa Maia Furtado, são acusados de tortura e homicídio qualificado, na forma omissiva, contra a criança, que morreu, em 13 de agosto do ano passado, vítima de meningite herpética.
Segundo o Tribunal de Justiça, em seu depoimento ao juiz, o réu deixou claro, inúmeras vezes, que era leigo e que no período de 15 a 19 de julho de 2010, vários especialistas viram a menor. Quanto à lesão na nádega da criança, ele disse que a menina já viera assim da casa da mãe, a médica Cristiane Marcenal.
Sobre o depoimento da babá da criança, André Marins confirmou que seguiu recomendação da psicóloga para usar fita crepe na ponta dos dedinhos de Joanna. Ele contou também que lutou durante cinco anos para conseguir ter contato com a filha. Segundo o réu, em 26 dias de internação nenhum médico diagnosticou a doença da menina e, só após 40 dias do óbito, o Instituto Médico Legal o fez. O interrogatório de André durou duas horas.


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