sábado, 5 de março de 2011

Suspeita de matar Lavínia vai passar o Carnaval presa e isolada



Luciene foi colocada em cela do "seguro" para evitar agressões de outras presas

Assassina confessa da menina Lavínia, de seis anos, Luciene Reis vai passar o Carnaval atrás das grades e isolada. Ela deu entrada na cadeia pública Joaquim Ferreira de Souza, no complexo penitenciário de Gericinó, na zona oeste do Rio, na tarde de quinta-feira (3).
Para evitar que ela seja agredida e até morta dentro da unidade, a Seap (Secretaria Estadual de Administração Penitenciária) colocou Luciene em uma cela individual, no chamado "seguro'" onde ela não tem contato com as demais presas. A suspeita, que passou pelo serviço social e pelo setor de psicologia, apresenta comportamento normal e não faz uso de medicamentos. De acordo com a Seap, Luciene se alimenta normalmente.
Nesta sexta-feira (4), Neide Reis, mãe de Luciene, disse que “gerou um monstro”. Ela não acreditava na culpa da filha até que a suspeita confessou o assassinato da criança. A mãe de Luciene diz que a filha teve a ajuda de alguém, mas prefere não dizer de quem desconfia para preservar a família.
- Parece que eu gerei um monstro. Não é possível, você passar fome, você trabalhar na casa de família, mostrar a realidade da vida, como a vida é honesta e, hoje, ter uma decepção dessas. Deus, onde eu errei?
Muito emocionada, Neide disse que Luciene tinha duas personalidades - ao mesmo tempo que era carinhosa e meiga era agressiva. Ela contou ainda que, no início, a filha desmentia tudo e ela acreditou. A mãe falou que não sabia da existência de Lavínia e que só tinha visto Rony, pai da menina, três vezes.
- Uma vez ela convidou eu e minha outra filha para almoçar na casa que Rony tinha alugado para ela. Eu o olhei de baixo a cima e achei ele uma pessoa muito boa.

Imagens reforçam suspeita
O delegado Robson Costa conseguiu imagens do circuito interno de um ônibus que mostra a menina Lavínia na companhia de Luciene. Ele disse que as imagens serão usadas como prova de que a mulher matou a criança.
- Depois que conseguimos imagens, ficou difícil de ela não confessar. A mãe dela ajudou, pediu para a filha 'começar uma vida nova'.
Segundo o delegado, a suspeita tentava extorquir R$ 2.000 do pai da menina. De acordo com Costa, Luciene dizia ao pai de Lavínia, Rony dos Santos, que o dinheiro seria dado ao seu ex-marido, a quem ela acusava do sequestro da garota.
Com esse argumento, a polícia montou uma estratégia para pegá-la. Santos, com ajuda da polícia, marcou um encontro com a suspeita, dizendo que daria o dinheiro a ela. Luciene compareceu ao encontro e foi levada para interrogatório na delegacia, onde permanece na tarde desta quarta.
Costa diz que, quando a polícia chegou ao quarto do hotel, havia um cheiro forte. Pelo odor, o delegado diz acreditar que a menina tenha sido morta na segunda-feira (28), dia em que ela foi sequestrada.
- Acredito que a Luciene tenha conseguido convencer a menina a sair de casa sem necessidade de força.
O delegado diz que uma testemunha afirmou que viu Luciene perto da casa de Lavínia.
As funcionárias do hotel viram as imagens de Luciene na televisão e chamaram a polícia, pois reconheceram a amante do pai da criança. Elas viram a mulher no hotel.
O delegado disse que o corpo de Lavínia estava de bruços e com uma toalha no rosto. Costa se emocionou e chorou ao dizer que esperava encontrá-la viva, em entrevista ao vivo ao programa Balanço Geral, da Rede Record.
- Apesar de fazer parte da minha rotina, não me conformo como pode alguém fazer isso com uma criança de seis anos.

Desaparecimento
A polícia chegou a cogitar a participação direta do pai ou da mãe, Andréia Azeredo. A primeira versão da história, contada pela mãe, seria a de que Santos havia chegado a sua casa às 3h e, quando acordou às 5h45 para trabalhar, verificou que a janela e a porta do quarto estavam abertas e a menina não estava mais na cama.
De acordo com a mãe, um móvel foi arrastado para perto da janela do quarto da criança e teria auxiliado na invasão da casa.


R7

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