Janken Ferraz saiu, na manhã desta quinta-feira, do Centro de Detenção Provisória da Vila Prudente, na zona leste da capital, para a primeira audiência do processo. Vinte e três testemunhas foram convocadas para a audiência no 1º Tribunal do Júri. O nome do goleiro do Santos, Fábio Costa, estava na lista. Mas ele será ouvido no dia 1º de junho em Santos, cidade onde mora.
Durante a tarde, Janken acompanhou cada depoimento sobre o crime que ele já confessou. Em março, ele matou a ex-namorada com 21 facadas. Depois trocou de camisa, pegou o filho do casal e fugiu do prédio onde ocorreu o crime. Na porta do fórum, defesa e acusação ensaiaram um debate. O advogado de Janken se baseou na reconstituição, feita duas semanas atrás, para dizer que o ex-jogador agiu em legítima defesa, por desespero.
- Ela (Ana Cláudia) pegou a faca, não ele. Quando a pessoa tem uma faca indo para o pescoço, o cérebro se concentra na autodefesa - diz Mauro Nacif, advogado de defesa.
A acusação trouxe para a audiência uma posição polêmica. Ela quer que a Justiça convoque o centroavante Ronaldo, do Corinthians, como testemunha.
- Para mostrar que o Janken que aproximou, que apresentou, a vítima Ana Cláudia ao Ronaldo. Estava premeditando aquele crime. Ele estava montando todo um cenário de bonzinho e depois ceifou covardemente a vida da vítima - diz José Beraldo, assistente de acusação.
A convocação de Ronaldo ainda precisa ser aceita pela juíza, que até o início da noite desta quinta-feira, ouvia as testemunhas de defesa do caso.
O Globo On Line
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