sexta-feira, 22 de maio de 2009

Caso Madeleine: Detetives investigam pedófilo britânico

Detetives contratados pela família da menina britânica Madeleine McCann para investigar o seu desaparecimento em Portugal há dois anos, estão à procura de um pedófilo britânico, condenado por crimes anteriores, que teria vivido perto do hotel em que a menina desapareceu, em maio de 2007.

Raymond Hewlett morava a uma hora de carro da Praia da Luz, onde a menina de três anos passava férias com a família, disse o porta-voz da família, Clarence Mittchell
Hewlett estava morando perto da fronteira de Portugal com a Espanha quando Madeleine desapareceu, no dia 3 de maio de 2007, do quarto de um resort.
Madeleine desapareceu do apartamento alugado pela família no Algarve no dia 3 de maio de 2007.
A polícia portuguesa disse que não está mais investigando ativamente o caso, mas a família contratou sua própria equipe de detetives.

Várias condenações
Hewlett, um ex-soldado, foi condenado várias vezes por crimes sexuais contra meninas. Em 1988, ele foi preso e cumpriu pena de seis anos de prisão por sequestrar uma menina de 14 anos. Na ocasião, ele a levou de carro por uma distância de mais de 130 quilômetros e forçou-a a se despir ameaçando-a com uma faca, de acordo com o jornal britânico The Independent.
Ainda segundo o jornal, em 1972, ele sequestrou e estuprou uma menina de 12 anos na Inglaterra.
Hewlett viajou muito pela Europa com um furgão e a polícia acredita que ele viveu na Itália, na Escócia, na Irlanda e na Inglaterra na década de 90, diz o diário britânico.
Ele foi qualificado por detetives como "dissimulado" e "um perigo para crianças", dizem os jornais britânicos.
Segundo a mídia britânica, não há informações se Hewlett foi ou não interrogado pela polícia portuguesa quando o caso estava sob investigação.
A família McCainn entrou com uma ação alegando difamação contra o ex-inspetor português Gonçalo Amaral, responsável pela investigação do caso.
Amaral publicou, em 2008, um livro intitulado "Maddie - A verdade da mentira" onde alegou que a menina havia morrido vítima de um acidente no apartamento onde a família estava instalada e lançou a suspeita de que os pais teriam ocultado o cadáver.
Há notícias, ainda não confirmadas, de que Hewlett, de 64 anos, sofre de câncer na garganta e está sendo tratado na Alemanha.
Raymond Hewlett morava a uma hora de carro da Praia da Luz, onde a menina de três anos passava férias com a família, disse o porta-voz da família, Clarence Mitchell.
Hewlett estava morando perto da fronteira de Portugal com a Espanha quando Madeleine desapareceu, no dia 3 de maio de 2007, do quarto de um resort.
Mitchell ressaltou, contudo, que o possível envolvimento britânico é apenas uma de várias linhas de investigação que estão sendo seguidas.

Retrato falado
Em meados de maio, a equipe de investigação, formada por policiais britânicos aposentados, havia divulgado o retrato falado de um suposto sequestrador de Madeleine, feito com base na descrição de uma mulher britânica que passava férias no mesmo local.
A testemunha descreveu o homem como "muito feio", com a pele marcada e um nariz grande, magro e com cerca de 1,50 de altura. Ela disse tê-lo visto duas vezes nos dias anteriores ao desaparecimento de Madeleine observando o apartamento onde ela estava com a família.
Os pais de Madeleine, Kate e Gerry McCann, deram várias entrevistas para a imprensa britânica e estrangeira desde o desaparecimento da filha e lançaram um apelo por informações que levassem a ela no segundo aniversário do sumiço da menina.
A família divulgou ainda, no começo deste mês, uma imagem produzida por computador que mostra como seria a aparência de Madeleine hoje.


BBC Brasil

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