quinta-feira, 21 de maio de 2009

Justiça nega pedido da defesa dos Nardoni para novo exame de DNA no sangue do casal


A Justiça de São Paulo descartou a realização imediata de um novo exame de DNA no sangue encontrado nas roupas e no carro de Alexandre Nardoni e de Anna Carolina Jatobá, pai e madrasta da menina Isabella, que estão presos acusados de assassinar a criança no ano passado. O pedido havia sido feito pelo novo advogado do casal, Roberto Podval, que disse que o casal não forneceu amostras de sangue para exame. O advogado colocou em dúvida a análise feita pelos peritos do Instituto de Criminalística (IC) e do Instituto Médico Legal (IML) comparando uma amostra de sangue achada na calça de Anna Carolina ao sangue que ela forneceu. O resultado deu positivo.
O juiz Maurício Fossen em seu despacho afirma que o IC e o IML são instituições respeitadas internacionalmente e os peritos não assinariam laudos judiciais 'sem que tivessem certeza da origem do material examinado', principalmente num caso de grande repercussão como a morte de Isabella. O juiz avalia que, antes de qualquer suspeita em relação ao trabalho dos técnicos, é preciso dar oportunidade para que sejam ouvidos.
- Antes de lançar tão grave acusação é preciso que sejam ouvidos - diz o juiz.
O advogado de defesa dos Nardoni afirmaram nos autos que os 'laudos apresentados por aqueles experts não seriam condizentes com a verdade'.
O juiz diz que os exames do IC e do IML já constavam nos autos antes do casal ser denunciado. O magistrado lembrou também que na apelação de liberdade provisória pela defesa pedida para o casal, os advogados chegaram a usar como argumento que os Nardoni estavam colaborando com a investigação e 'permitiram a coleta de sangue'.
Para o juiz, não existe fato novo que justifique a realização de um novo exame de DNA. No despacho, Maurício Fossen diz ainda que todo o material genético colhido dos réus se encontra com o IC e o IML e não há notícia de que está prestes a ser descartado. Com isso, diz o juiz, caso haja necessidade de um novo exame no futuro, as amostras estão preservadas.
Como precaução e para deixar tranquila a defesa, o juiz determinou que o material genético seja preservado, até nova ordem da Justiça.

Fonte: O Globo

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