Ana Claudia foi morta a facadas no dia 22 de março, no apartamento onde morava, na zona sul da cidade. Após o crime, Janken fugiu com o filho do casal --na ocasião com um ano e nove meses-- e foi preso três dias depois, na Bahia.
A primeira testemunha ouvida hoje é uma vizinha de Ana Claudia, que disse ter ouvido gritos da moça na manhã do crime.
A testemunha ouvida na sequência, também de acusação, afirmou que, após o crime, Janken ligou para uma amiga e disse que "tinha feito uma besteira" por causa de ciúme. Ela disse ter ouvido a frase da própria amiga do rapaz, que será ouvida como testemunha de defesa.
A terceira testemunha de acusação ouvida nesta quinta também mora no prédio onde ocorreu o crime e disse que Ana Claudia pediu para que tirasse algumas fotos do site de relacionamentos Orkut porque Janken era ciumento. Ela afirmou que a jovem relatava brigas com o ex-jogador, mas que afirmava que também reagia.
Ela disse ter acompanhado as duas primeiras visitas que Janken fez ao filho e que, nas duas ocasiões, Ana Claudia não estava. De acordo com ela, Ana Claudia se sentia ameaçada e havia um aviso e uma foto de Janken na portaria, para impedir que o rapaz fosse até o apartamento, caso o rapaz aparecesse fora do horário de visitas.
A outra testemunha, um amigo da família, informou que conhecia Ana Claudia desde criança. Ele disse que, no dia do crime, deixou o apartamento com o tio da vítima no horário em que Janken chegou para visitar o filho e que quando voltaram, pouco depois, não perceberam nada anormal e saíram novamente.
Ele afirmou que as visitas ao filho estavam programadas para ocorrer das 15h às 17h, horário que o menino costumava dormir. Por isso, foi sugerido que a visita ocorresse em outro horário.
A testemunha disse desconhecer que Ana Claudia tivesse amizade com jogadores de futebol.
No total, a juíza Luciana Piovesan ouvirá 23 testemunhas --entre defesa, acusação e do juízo. Entre as testemunhas do juízo está Fábio Costa, o goleiro do Santos. O jogador é a única testemunha a ter o depoimento colhido por carta precatória --documento pelo qual um juiz determina que o andamento daquele ato do processo seja realizado em outra comarca, por outro magistrado.
Folha Online
Nenhum comentário:
Postar um comentário