sexta-feira, 22 de maio de 2009

Mônica Bergamo: Justiça decide nos próximos dias caso de menino disputado por pai americano


Segundo a coluna de Monica Bergamo, na Folha de São Paulo, a Justiça deve decidir nos próximos dias o destino do garoto de oito anos cuja guarda é disputada pelo pai americano, David Goldman, e pelo padrasto brasileiro, João Paulo Lins e Silva. A família brasileira colecionou, nas últimas semanas, uma série de derrotas. O juiz da 16ª Vara Federal do RJ não acolheu pedido de impugnação contra o laudo da perícia que, entre outras coisas, afirmou que o garoto se adaptaria facilmente nos EUA, não considerou necessário ouvir o menino uma vez mais e negou pedido de investigação sobre a situação financeira do americano.

PASSAPORTE
Um dos temores dos que cercam a família brasileira é o de que a Justiça, caso julgue em favor do pai americano, diga que a decisão tem aplicação imediata e permita que o garoto saia no mesmo dia do Brasil.

HORA DIFÍCIL
A tensão é tamanha que, anteontem, José Antonio Toffoli, advogado-geral da União, que defende que o garoto seja devolvido ao pai americano por conta de tratados internacionais assinados pelo Brasil, encerrou subitamente audiência com o advogado Sergio Tostes, da família Lins e Silva. O profissional acusou a AGU de agir ilegalmente ao defender que um brasileiro (no caso, o garoto) deixe o país; Toffoli respondeu que "o senhor cuida do seu cliente que eu cuido do meu. A audiência está encerrada".

Disputa
David Goldman tenta recuperar a guarda o filho desde 2004, quando a mãe do menino viajou para o Rio de Janeiro para visitar os pais e não voltou aos Estados Unidos.
Em agosto de 2008, ela morreu durante o nascimento da primeira filha com o novo marido, o advogado João Paulo Lins e Silva. O padrasto é quem detém a guarda do garoto.
Em abril, o ministro Paulo Vannuchi (Direitos Humanos), defendeu a permanência do menino no país, com a "livre visita" do pai biológico.
A história foi tema especial nos programas "Larry King Live" e "NBC Today Show", onde a secretária de Estado, Hillary Clinton, defendeu que a guarda do garoto seja do pai.


Folha Online

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