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quinta-feira, 21 de maio de 2009
Para psicóloga, o importante é Maisa não achar que "falhou"
A menina Maisa, famosa por suas tiradas inteligentes nos programas do SBT, virou notícia depois de aparecer chorando duas vezes no programa de Silvio Santos. A primeira "crise" aconteceu no dia 10 de maio, quando a garotinha foi aos prantos por medo de um garoto que estava vestido de monstro e iria se apresentar no programa. Maisa chegou a pedir que Silvio Santos não permitisse a entrada do garoto, mas ao ter seu pedido recusado, saiu correndo e gritando.
O segundo choro de Maisa aconteceu uma semana depois, no dia 17 de maio, quando no início do quadro Pergunte para Maisa, Silvio Santos disse que a menina era medrosa e que tinha chorado no programa anterior. Com vergonha, Maisa caiu no choro novamente e, ao sair correndo em direção ao camarim, bateu a cabeça em uma das câmeras do estúdio e começou a chorar mais ainda, desta vez por conta da dor.
Tudo isso acabou levantando uma polêmica e tanto. Nesta semana, o SBT recebeu uma advertência do Ministério da Justiça por expor Maisa Silva a situações "constrangedoras ou degradantes" durante o Programa Silvio Santos. Segundo o comunicado oficial do órgão, trata-se de uma medida preventiva que pode levar à reclassificação do programa de livre para 12 anos.
Agora, além de sua esperteza, Maisa virou assunto de justiça e debate entre os educadores e psicólogos. Seria saudável expor uma criança desta forma? Que tipo de danos esse estilo de vida poderia acarretar na formação dela?
Segundo Vera Zimmerman, psicóloga coordenadora do Centro de Referência da Infância e Adolescência da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), Maisa teria demonstrado grande saúde mental durante os incidentes. "Ela reconheceu seus próprios limites, chamou o Silvio Santos e disse que não queria ver o menino vestido de monstro, mas o apresentador, como adulto, quis testar a garota e ela acabou mostrando sua fobia, como qualquer criança normal", aponta Vera. O importante agora, segundo a psicóloga, seria conduzir Maisa a não pensar que ela "falhou", isso sim poderia gerar um trauma na menina.
Ainda segundo a psicóloga, quando bem assistidas, os riscos das "crianças celebridades" apresentarem desajustes mais tarde diminuem bastante. "Veja o casos dos irmãos Sandy e Júnior. Eles parecem bem equilibrados. O problema é que nem sempre as crianças famosas continuam no círculo da fama depois de crescidas. Quando isso acontece, aí sim a vida pode se tornar insuportável para elas", diz Zimmerman.
Redação Terra
Por Sofia Krause
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