sábado, 23 de maio de 2009

PF prende mais dois suspeitos em ação contra trabalho escravo e tráfico de pessoas

A PF (Polícia Federal) prendeu mais duas pessoas durante a operação Da Shan --de combate ao tráfico de pessoas e ao trabalho escravo no Brasil. Balanço divulgado na noite desta sexta-feira indica que, ao todo, foram presas por agentes federais 12 pessoas em Rondônia e duas em São Paulo --incluindo o chinês Zhu Ming Wen, conhecido como Tony e apontado como líder de uma quadrilha especializada nestes crimes.
Durante os trabalhos em São Paulo, 36 imigrantes --a maioria composta por chineses-- foram levados para averiguação na Superintendência da PF. Eles seriam vítimas do esquema e viviam em condições precárias em dois prédios da região da rua 25 de Março --tradicional ponto de comércio popular da cidade.
A PF também apreendeu R$ 84 mil na casa que Ming mantinha em Recife (PE) e mais R$ 124 mil em sua casa em São Paulo. Também foram encontrados instrumentos para a falsificação de passaportes e duas notificações originais para a saída de chineses do Brasil. As notificações haviam sido expedidas pela Delegacia da Polícia Federal, em Vilhena.
A operação foi deflagrada após investigação iniciada pela PF em Rondônia, em 2008. Naquela época, chineses foram flagrados tentando entrar no Brasil com o carimbo de visto de entrada falsificados nas cidades de Porto Velho, Ji-Paraná e Vilhena.
A partir disso, as autoridades brasileiras descobriram que um grande número de imigrantes entravam ilegalmente no país por Rondônia. A rota usada passava ainda pela Holanda, Peru, Equador e Bolívia.
De acordo com a PF, o grupo criminoso liderado por Ming é composto por aliciadores - os chamados coiotes - que atraem as pessoas com promessas de trabalho.

Averiguação
Entre os imigrantes detidos em São Paulo estão três crianças. Eles foram levados em três ônibus até a Superintendência da PF, onde seriam ouvidos e seria verificado se estão em situação ilegal no país.
Os policiais afirmam que os imigrantes que estiverem com a documentação em ordem serão liberados após verificação. Os demais poderão ser notificados para deixar o país.
Os membros da quadrilha podem responder pelos crimes de formação de quadrilha e por manter trabalhador em condições semelhantes à de escravo e, se condenados, podem pegar 11 anos de prisão, de acordo com a PF.

colaboração da Agencia Brasil


Folha Online

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