Estes paramilitares ajudaram as autoridades de Colombo a combater os guerrilheiros separatistas, mas o governo negou acusações de que apoiou as ações dos paramilitares e de que concedeu acesso aos campos de refugiados.
A coalizão, com sede em Londres, reúne organizações como Anistia Internacional e Human Rights Watch. O grupo afirma que tem informações sobre o rapto de crianças em vários campos de refugiados da zona de Vavuniya (norte).
A coalizão, com sede em Londres, reúne organizações como Anistia Internacional e Human Rights Watch. O grupo afirma que tem informações sobre o rapto de crianças em vários campos de refugiados da zona de Vavuniya (norte).
"Alguns foram sequestrados para que depois fosse pedido um resgate aos pais. Em outros casos, as crianças foram raptadas para ser interrogadas sobre supostos vínculos com os rebeldes, outros por suspeita de atuar como soldados", afirmou Charu Lata Hogg, porta-voz da coalizão.
Outras crianças foram levadas pelos paramilitares aos campos do Exército cingalês, presumivelmente para serem questionadas sobre vínculos com o grupo rebelde, que frequentemente recrutava crianças soldados, disse.
Segundo a coalizão, os rebeldes parecem ter acesso fácil aos acampamentos de refugiados, mesmo sob vigilância dos militares.
"Não é possível", rebateu o porta-voz dos militares Udaya Nanayakkara. "Todo mundo tem que ser inscrito e registrado e ninguém consegue sair dos acampamentos sem ser registrado pela polícia".
As estimativas de organizações de ajuda humanitária são de que cerca de 280 mil civis foram deslocados pela recente ofensiva do governo cingalês contra os tigres tâmeis e que a maioria deles continua em acampamentos superlotados e com poucos recursos.
O governo afirma que deseja acabar com os acampamentos e realocar a maioria dos refugiados em suas vilas originais em um prazo de seis meses.
Grupos de ajuda humanitária e a ONU (Organização das Nações Unidas) reclamam que, mesmo com o fim dos confrontos, o governo de Colombo não permite a entrada de voluntários nos campos de refugiados. Segundo a Cruz Vermelha, os carregamentos com suprimentos foram interrompidos para o maior dos acampamentos.
Rishard Badurdeen, o ministro de realocação, afirmou que o acesso de estrangeiros aos acampamentos foi restringido porque os combatentes dos tigres tâmeis estão se escondendo entre os refugiados.
"Há cerca de 3.000 tigres tâmeis nos acampamentos e nós não terminamos de revistar", disse Badurdeen, que rejeitou informações de que os suprimentos de ajuda humanitária são proibidos de entrar.
Folha Online
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