terça-feira, 24 de novembro de 2009

Crescem os crimes hediondos contra gays e por razões religiosas


O FBi soltou ontem o seu balanço dos crimes hediondos em 2008 e o número de casos chegou a 7.783. No geral, este número representa um aumento de ridículos 2% em relação à quantidade de casos em 2007. Mas uma avaliação dos crimes pelo grupo contra o qual eles são executados mostra um crescimento enorme nos casos de crimes contra gays e lésbicas (11%) e nos crimes cometidos com base em religião (9%). A maior categoria - o de crimes por racismo, metade do total de casos - caiu míseros 1%.
Ou seja, nunca foi tão perigoso ser negro, gay ou não-cristão nos EUA hoje. O FBI não explica os motivos por trás dos aumentos nos crimes, se atando aos números: entre os casos 30% representam ataques físicos, 30% envolvem alguma forma de intimidação e 30%, destruição de propriedade.
Justamente este ano, o governo Obama incluiu os crimes motivados por orientação sexual na lista de crimes hediondos, justamente na tentativa de inibi-los. Mas a julgar pela quantidade de crimes por racismo - mais de 3.300 casos em 2008 - não acredito que quem sai por aí para "dar uma porrada nas bichas", "dar uma porrada nuns pretos" ou "dar uma porrada nuns muçulmanos" vai trocar isso por, digamos, sexo com a parceira ou o parceiro em casa, coisa que me parece infinitamente mais divertida.
O FBi também não entra no mérito de qual religião está sendo mais atacada, especificamente. Mas não é difícil imignar isso num EUA pós-11 de setembro, ainda mais agora com o maluco furioso muçulmano atirando e matando em Fort Hood. As próprias mesquitas nos EUA já reforçaram a segurança de seus prédios e arredores.

Gilberto Scofield


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