Acusado de 56 estupros, especialista está preso desde agosto.
STJ já havia negado outros pedidos; defesa pode recorrer ao STF.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou nesta terça-feira (24) um pedido de habeas corpus apresentado pelo médico Roger Abdelmassih, de 65 anos, acusado de 56 estupros de pacientes de sua clínica, em São Paulo. Tido como um dos mais renomados especialistas em reprodução assistida do país, ele está preso desde o último dia 17 de agosto.
A assessoria de imprensa do STJ informou que não possui detalhes sobre o julgamento ocorrido nesta tarde na 5ª Turma do tribunal, pois o processo corre em segredo de Justiça. No fim de agosto, a defesa de Abdelmassih ganhou um reforço de peso, quando o médico contratou o ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos para representá-lo como advogado. Na sessão desta tarde, Bastos acompanhou ao julgamento no STJ.
Essa não é a primeira vez que o STJ nega liberdade ao médico. No dia 21 de agosto, a Corte já havia negado habeas corpus a ele. Após a negativa do STJ nesta terça, a defesa do médico deve recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF), que, em agosto, negou um habeas corpus a Abdelmassih.
65 vítimas
De acordo com a delegada titular da 1ª Delegacia de Defesa da Mulher, Celi Paulino Carlota, 65 mulheres já procuraram a Polícia Civil afirmando terem sido vítimas de Roger Abdelmassih. Segundo a delegada, após a prisão de Abdelmassih, mais quatro mulheres procuraram a polícia afirmando terem sido vítimas do médico. O advogado José Luís de Oliveira Lima nega todas as acusações contra o médico.
Depois de o juiz Bruno Paes Stranforini, da 16ª Vara Criminal de São Paulo, ter decretado a prisão preventiva de Abdelmassih, o relator do habeas corpus no Tribunal de Justiça do estado indeferiu o pedido de liminar. Na tentativa de livrar o médico da cadeia, sua defesa recorreu ao STJ. O ministro Felix Fisher, relator do caso, no entanto, negou o pedido na noite do dia 21.
Registro suspenso
Roger Abdelmassih teve o registro da profissão suspenso por tempo indeterminado. A medida foi tomada pelo Cremesp após reunião com os integrantes do órgão na terça-feira (18).
A Clínica e Centro de Pesquisa Abdelmassih, por meio de nota, afirmou que mantém padrões éticos e legais nos procedimentos médicos realizados em suas pacientes. O centro médico é gerenciado por Abdelmassih.
O médico também é investigado por suposta manipulação genética. Ele foi indiciado em junho pela Polícia Civil, sob suspeita de estupro e atentado violento ao pudor. O Cremesp abriu 51 processos ético-profissionais contra o profissional.
G1
STJ já havia negado outros pedidos; defesa pode recorrer ao STF.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou nesta terça-feira (24) um pedido de habeas corpus apresentado pelo médico Roger Abdelmassih, de 65 anos, acusado de 56 estupros de pacientes de sua clínica, em São Paulo. Tido como um dos mais renomados especialistas em reprodução assistida do país, ele está preso desde o último dia 17 de agosto.
A assessoria de imprensa do STJ informou que não possui detalhes sobre o julgamento ocorrido nesta tarde na 5ª Turma do tribunal, pois o processo corre em segredo de Justiça. No fim de agosto, a defesa de Abdelmassih ganhou um reforço de peso, quando o médico contratou o ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos para representá-lo como advogado. Na sessão desta tarde, Bastos acompanhou ao julgamento no STJ.
Essa não é a primeira vez que o STJ nega liberdade ao médico. No dia 21 de agosto, a Corte já havia negado habeas corpus a ele. Após a negativa do STJ nesta terça, a defesa do médico deve recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF), que, em agosto, negou um habeas corpus a Abdelmassih.
65 vítimas
De acordo com a delegada titular da 1ª Delegacia de Defesa da Mulher, Celi Paulino Carlota, 65 mulheres já procuraram a Polícia Civil afirmando terem sido vítimas de Roger Abdelmassih. Segundo a delegada, após a prisão de Abdelmassih, mais quatro mulheres procuraram a polícia afirmando terem sido vítimas do médico. O advogado José Luís de Oliveira Lima nega todas as acusações contra o médico.
Depois de o juiz Bruno Paes Stranforini, da 16ª Vara Criminal de São Paulo, ter decretado a prisão preventiva de Abdelmassih, o relator do habeas corpus no Tribunal de Justiça do estado indeferiu o pedido de liminar. Na tentativa de livrar o médico da cadeia, sua defesa recorreu ao STJ. O ministro Felix Fisher, relator do caso, no entanto, negou o pedido na noite do dia 21.
Registro suspenso
Roger Abdelmassih teve o registro da profissão suspenso por tempo indeterminado. A medida foi tomada pelo Cremesp após reunião com os integrantes do órgão na terça-feira (18).
A Clínica e Centro de Pesquisa Abdelmassih, por meio de nota, afirmou que mantém padrões éticos e legais nos procedimentos médicos realizados em suas pacientes. O centro médico é gerenciado por Abdelmassih.
O médico também é investigado por suposta manipulação genética. Ele foi indiciado em junho pela Polícia Civil, sob suspeita de estupro e atentado violento ao pudor. O Cremesp abriu 51 processos ético-profissionais contra o profissional.
G1
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