segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Mortalidade infantil cai 71% em 25 anos, divulga ministério


BRASÍLIA - Nos últimos 25 anos, as mortes de crianças com menos de 1 ano de idade caíram 71%: de 181 mil para 51 mil. Metade das mortes, no entanto, ainda estão concentradas no Nordeste e na Amazônia Legal

A queda mais expressiva foi no caso de morte por doenças imunizáveis, como poliomielite e sarampo, com 97,2%. Em 1980, quase três mil crianças morreram por essas doenças. Em 2005, foram 80. “Isso mostra o sucesso das campanhas de vacinação que existem no país há vários governos e que já estão consolidadas na sociedade”, afirma o pediatra Renato Campos.
Em segundo lugar, está a queda nas mortes por diarréia com declínio de 93,9% em 25 anos – passando de 32.704, em 1980, para 1.988, em 2 005. O grupo de doenças que menos caiu foi por afecções perinatais – complicações que atingem as crianças na primeira semana de vida, ainda que a morte ocorra depois. Nesse caso, a mortes caíram 41%.
Para o Ministério da Saúde, as afecções perinatais tiveram menor velocidade de redução também por serem menos evitáveis. “Os países que começam a reduzir a mortalidade têm, geralmente, os primeiros resultados nos índices de diarreia, desnutrição e infecção respiratória aguda, a exemplo do Brasil”, afirma o diretor do Departamento de Análise de Situação de Saúde (DASIS) do Ministério da Saúde, Otaliba Libânio, que atribui a redução a fatores como a melhoria do nível de educação materna, o trabalho das equipes de Saúde da Família, o maior acesso da população à água tratada, ao saneamento e aos serviços de saúde, entre outros.
“São resultados muito positivos. Tivemos urbanização, ampliação da rede, água tratada, esgoto, melhor alimentação e um trabalho na atenção básica direcionado para o controle da desidratação. Tudo isso contribuiu para a redução tanto dos casos de morte por diarreia quanto pelas outras causas”, diz Libânio.
No Brasil, a taxa de mortalidade infantil de menores de um ano de idade passou de 47,1 óbitos por mil bebês nascidos vivos (em 1990) para 19,3 mortes (em 2007) – o que representou redução média de 59,7%. A meta dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio é chegar à taxa aceitável de 14,4 mortes por cada mil nascidos vivos.

Fonte: Último Segundo

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