O crime aconteceu no último dia 19. O adolescente e um outro comparsa pularam o muro para chegar à casa da vítima, que é protegido por câmeras de segurança e cerca elétrica. Os assaltantes renderam a babá e duas gêmeas de 8 anos, filhas de um casal de empresários que viajava a negócios. O alarme da casa disparou e o adolescente atirou em Gabriela. A dupla roubou o carro de um homem que passava em frente ao condomínio para fugir. A menina morreu na quinta-feira passada.
O Ministério Público analisou o depoimento do acusado, dado ao promotor de plantão no último sábado, e considerou que já tem informações suficientes para dar início ao processo. Mas o depoimento desta quinta servirá para obter novas informações sobre o crime.
A polícia disse que o adolescente afirmou que atirou porque se assustou com o alarme da residência. A defesa do adolescente alega que o tiro foi acidental. O delegado Paulo Nabuco, responsável pelo caso, descarta essa teoria.
Os policiais suspeitam de que a entrada dos criminosos no condomínio foi facilitada por funcionários do condomínio. Vigilantes e funcionários da empresa responsável pelos serviços de segurança do condomínio foram ouvidos. Nabuco acredita que os criminosos conheciam a rotina da família e planejaram o assalto.
O adolescente foi detido em Dracena, região oeste do Estado de São Paulo, no fim de semana. Ele estava na casa de parentes do outro rapaz suspeito de ter participado de crime. O menor ainda tentou escapar pelo telhado, mas acabou caindo e capturado.
Nesta quarta-feira, parentes e amigos de Gabriela lotam a Igreja Matriz de Rio Claro, onde foi celebrada a missa de sétimo dia da morte. A morte cerebral de Gabriela foi constatada na manhã do último dia 21. Ela havia sido submetida a uma cirurgia para reduzir o edema (inchaço) cerebral, mas os médicos já haviam constatado danos ao sistema de circulação de sangue no cérebro.
O Globo On Line
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