sábado, 30 de maio de 2009

São Paulo terá mutirão para realização de mamografia

Expectativa é atender a mais de 156 mil mulheres neste sábado (30) e nos 10 dias úteis subsequentes

A Secretaria de Saúde realiza neste sábado um mutirão de mamografias em todo o Estado. Serão disponibilizadas 338 unidades de atendimento espalhadas por todas as regiões do Estado. A expectativa é atender a mais de 156 mil mulheres amanhã e nos 10 dias úteis subsequentes. Somente na Grande São Paulo, cerca de 38 mil mulheres devem realizar o exame em 115 unidades de atendimento, 60 delas na capital. Para fazer o exame é preciso ter pedido médico da rede pública ou privada e já ter agendado o horário.

As dúvidas sobre o mutirão podem ser esclarecidas pela a Ouvidoria da secretaria nos telefones 150 (somente para a capital); ou (11) 3066-8359, 3066-8684, 3066-8349 e 3066-8065 (Grande São Paulo e interior); ou, ainda, diretamente nos Departamentos Regionais de Saúde da sua região.

Inca indica mamografia de rotina só após 50 anos
Apesar da lei que entrou em vigor na quarta-feira para assegurar a realização da mamografia pelo SUS em toda mulher acima dos 40 anos, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) recomenda o rastreamento apenas na faixa etária de 50 a 69 anos. “A lei não muda nada, apenas assegura um direito que as mulheres já tinham. Quando houver indicação para mamografia, ela será feita. Mas não achamos necessário adotar o rastreamento na faixa de 40 a 49 anos”, diz o diretor-geral do Inca, Luiz Antônio Santini.
As entidades de apoio às mulheres com câncer de mama criticam a orientação. A relações públicas Valéria Baraccat, de 48 anos, diretora do Instituto Arte de Viver Bem, diz que só está viva porque fez o exame com 43 anos e detectou o tumor em estágio inicial. “O governo está desesperado porque não vai ter mamógrafos para essa população toda.”
Para cumprir a nova lei à risca, o SUS teria de incorporar exames para 9 milhões de mulheres, que se somariam às 10,3 milhões da faixa etária de 50 a 69 anos. As diretrizes do Inca, que são baseadas no documento internacional Consenso para o Controle do Câncer de Mama, são adotadas pelo Ministério da Saúde na prevenção, controle e combate à doença. Atualmente, o monitoramento de mulheres sem sintomas, ou rastreamento, é realizado a cada dois anos entre os 50 e 69 anos. Em outras idades, o Inca indica a mamografia apenas quando há histórico familiar ou quando o exame clínico indica alguma suspeita da doença.



Agência Estado

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