Acompanhada de uma tia, Lívia caminhou por quase uma hora do abrigo para vítimas das enchentes em Trizidela do Vale, no Maranhão, até o hospital da cidade.
Luan Vinícius nasceu de parto normal, e com apenas dois dias de vida foi levado para o abrigo com a mãe.
Na tarde de quinta-feira, o menino, hoje com 28 dias, dormia em um colchão colocado no chão, alheio ao barulho de outras crianças que brincavam no local, ao calor e à sujeira a sua volta.
Desde que a casa em que viviam foi inundada pelas águas do rio Mearim, Lívia, a filha Amanda Leticia, de um ano e oito meses, a avó e outros parentes vivem no alojamento improvisado em um hospital abandonado em Trizidela do Vale.
Há mais de um mês, não há água no local. A energia elétrica só foi religada na última sexta-feira. Cascas de banana, restos de comida e lixo se acumulam pelo chão dos corredores.
Apesar das dificuldades, Lívia diz não estar preocupada com o bebê. "Trago água do rio para dar banho nele", diz.
Hábitos noturnos
Cleidiane e o marido levaram enxoval do bebê para o abrigo
A situação não é incomum nos abrigos do Vale do Mearim, região mais atingida pelas enchentes no Maranhão.Nesta quinta-feira, em outro abrigo de Trizidela do Vale, montado em um ginásio, Cleidiane de Souza Pereira amamentava o filho Wallisson, de 17 dias.A casa de barro em que ela e o marido Marcos Costa dos Santos viviam foi inundada e desabou. "O barro amoleceu com a água", diz Santos, que é ajudante de pedreiro, mas ficou desempregado com as enchentes.
O casal conseguiu levar alguns móveis para o abrigo e também o enxoval do bebê, comprado pela mãe de Cleidiane.
"Não fiquei com medo de ter ele aqui. Só perdi um pouco de sangue. A polícia veio me buscar e me levou para o hospital", diz ela. "Quando ele estava com quatro dias, voltamos para cá."
A água para o banho do bebê é retirada das três torneiras disponíveis na área externa do ginásio. "Pego a água, fervo e misturo com um pouco de água fria", diz Santos.
Pais de primeira viagem, Cleidiane e Santos só estranham os hábitos noturnos de Wallisson. "Ele dorme o dia todo e, de noite, acorda de três em três horas para mamar", diz a mãe.
Fonte:Alessandra Corrêa
Enviada especial da BBC Brasil a Trizidela do Vale (MA)
Cleidiane e o marido levaram enxoval do bebê para o abrigo
A situação não é incomum nos abrigos do Vale do Mearim, região mais atingida pelas enchentes no Maranhão.Nesta quinta-feira, em outro abrigo de Trizidela do Vale, montado em um ginásio, Cleidiane de Souza Pereira amamentava o filho Wallisson, de 17 dias.A casa de barro em que ela e o marido Marcos Costa dos Santos viviam foi inundada e desabou. "O barro amoleceu com a água", diz Santos, que é ajudante de pedreiro, mas ficou desempregado com as enchentes.
O casal conseguiu levar alguns móveis para o abrigo e também o enxoval do bebê, comprado pela mãe de Cleidiane.
"Não fiquei com medo de ter ele aqui. Só perdi um pouco de sangue. A polícia veio me buscar e me levou para o hospital", diz ela. "Quando ele estava com quatro dias, voltamos para cá."
A água para o banho do bebê é retirada das três torneiras disponíveis na área externa do ginásio. "Pego a água, fervo e misturo com um pouco de água fria", diz Santos.
Pais de primeira viagem, Cleidiane e Santos só estranham os hábitos noturnos de Wallisson. "Ele dorme o dia todo e, de noite, acorda de três em três horas para mamar", diz a mãe.
Fonte:Alessandra Corrêa
Enviada especial da BBC Brasil a Trizidela do Vale (MA)
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