quinta-feira, 28 de maio de 2009

Justiça se pronunciará somente em junho sobre caso de S. G.

MP já recomendou que S. volte para os EUA para se adaptar mais facilmente ao convívio com o pai

RIO - A Justiça Federal deve se pronunciar somente no mês de junho sobre o caso do menino S.G., cuja guarda é disputada pelo pai, David Goldman, norte-americano, e o padrasto, João Paulo Lins e Silva, brasileiro (a mãe, Bruna Bianchi, brasileira, que deu à luz em New Jersey, morreu em agosto 2008, no Rio, no parto da filha caçula). Mas o Ministério Público Federal já recomendou que S., que fez nove anos esta semana, volte para os Estados Unidos, por considerar que ele poderia se adaptar facilmente ao convívio com o pai (de quem foi separado há cinco anos, pela mãe).
Conforme ficou constatado numa perícia realizada no mês de março, o garoto prefere ficar no Brasil, onde mora com o padrasto, a avó materna, Silvana Bianchi, e a irmã, bebê. Na ocasião, ele disse que gostaria de ficar na companhia dos parentes brasileiros, com os quais convive intensamente. Nesta quarta-feira, 27, os advogados das duas partes evitaram comentar a iniciativa do MPF. Informações sobre o caso não podem ser divulgadas oficialmente pela Justiça, por envolver uma criança.
Bruna Bianchi morava nos EUA com o primeiro marido, com quem se casara em 2000, mas voltou ao Brasil em 2004 porque queria se separar dele. Seu segundo marido passou a criar S. como se fosse seu filho. Com a morte de Bruna, o pai norte-americano requereu sua guarda. O parecer do MPF considera que S. já deveria ter retornado aos EUA naquele momento, uma vez que ele ficara órfão de mãe, mas seu pai estava vivo.


O Estadão

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