RIO - A Justiça Federal deve se pronunciar somente no mês de junho sobre o caso do menino S.G., cuja guarda é disputada pelo pai, David Goldman, norte-americano, e o padrasto, João Paulo Lins e Silva, brasileiro (a mãe, Bruna Bianchi, brasileira, que deu à luz em New Jersey, morreu em agosto 2008, no Rio, no parto da filha caçula). Mas o Ministério Público Federal já recomendou que S., que fez nove anos esta semana, volte para os Estados Unidos, por considerar que ele poderia se adaptar facilmente ao convívio com o pai (de quem foi separado há cinco anos, pela mãe).
Conforme ficou constatado numa perícia realizada no mês de março, o garoto prefere ficar no Brasil, onde mora com o padrasto, a avó materna, Silvana Bianchi, e a irmã, bebê. Na ocasião, ele disse que gostaria de ficar na companhia dos parentes brasileiros, com os quais convive intensamente. Nesta quarta-feira, 27, os advogados das duas partes evitaram comentar a iniciativa do MPF. Informações sobre o caso não podem ser divulgadas oficialmente pela Justiça, por envolver uma criança.
Bruna Bianchi morava nos EUA com o primeiro marido, com quem se casara em 2000, mas voltou ao Brasil em 2004 porque queria se separar dele. Seu segundo marido passou a criar S. como se fosse seu filho. Com a morte de Bruna, o pai norte-americano requereu sua guarda. O parecer do MPF considera que S. já deveria ter retornado aos EUA naquele momento, uma vez que ele ficara órfão de mãe, mas seu pai estava vivo.
O Estadão
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