Plano será formulado com base nos problemas e desafios identificados, bem como nas propostas de lideranças
BRASÍLIA - Até o fim de junho, a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) deverá concluir a elaboração do Plano de Enfrentamento de Situações que Colocam em Risco as Comunidades Indígenas que vivem em Tabatinga, Benjamin Constant, Santo Antônio do Içá, Amaturá, São Paulo de Olivença e Tonantins, no sudoeste do Amazonas.
O documento será utilizado pelos profissionais que trabalham para a instituição no Distrito de Saúde Indígena (Dsei) do Alto Solimões, responsável por mais de 42 mil indígenas nesses municípios. O objetivo é utilizar as diretrizes apresentadas no plano para, sobretudo, reduzir o consumo de bebidas alcoólicas e drogas (maconha e cocaína) e os índices de violência nas aldeias.
O plano será formulado com base nos problemas e desafios identificados, bem como nas propostas apresentadas por lideranças e adolescentes indígenas Ticuna em seminário realizado pela Funasa em Tabatinga. O encontro terminou ontem (28), após a consolidação das discussões feitas nos três dias de programação.
Aproximadamente 100 pessoas, entre representantes indígenas, gestores públicos estaduais e federais, prefeituras municipais, universidades e organizações não governamentais contribuíram para a organização das informações necessárias à formulação do plano. Outros problemas, como a insuficiência de escolas e de cursos profissionalizantes, o número de casos de suicídio e a falta de perspectiva também foram apontados pelos participantes como alvo de superação.
A vice-prefeita de Tabatinga, Eliziane Oliveira, que participou dos três dias de debates, disse à Agência Brasil, que a prefeitura tem consciência dos problemas, mas que neste início de 2009 não pode se concentrar na resolução dos casos por causa das cheias.
"O evento foi fundamental para a nossa região e irá contribuir para o enfrentamento dos problemas. Temos consciência dessas questões e nos comprometemos a trabalhar para superá-las. Ingressamos nessa administração há apenas cinco meses e de imediato tivemos que concentrar os esforços nos problemas relacionados às enchentes", destacou.
Na opinião do coordenador do escritório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) em Manaus, Halim Girade, o encontro proporcionou espaço para que lideranças e adolescentes indígenas do Alto Solimões fossem ouvidos a respeito de dificuldades relacionadas à saúde mental.
"Seus depoimentos serão fundamentais para a construção desse plano, que será executado pelas instituições e parceiros que poderão contribuir, dentro de suas responsabilidades, no enfrentamento de situações que põem em risco os indígenas do Alto Solimões".
A execução das medidas será acompanhada por um comitê formado por representantes da Funasa, do Unicef, da Fundação Nacional do Índio (Funai), de universidades, prefeituras e indígenas, entre outros participantes do seminário.
O cacique da comunidade Umariaçu 1, Oswaldo Mendes, destacou que a expectativa, a partir da elaboração do plano, é a melhor possível. "A gente também quer ter boas escolas, trabalho e condições para nos vestirmos bem. Nosso desejo é de que tudo que foi falado no seminário saia do papel e desta sala e melhore mesmo nossa situação", concluiu.
BRASÍLIA - Até o fim de junho, a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) deverá concluir a elaboração do Plano de Enfrentamento de Situações que Colocam em Risco as Comunidades Indígenas que vivem em Tabatinga, Benjamin Constant, Santo Antônio do Içá, Amaturá, São Paulo de Olivença e Tonantins, no sudoeste do Amazonas.
O documento será utilizado pelos profissionais que trabalham para a instituição no Distrito de Saúde Indígena (Dsei) do Alto Solimões, responsável por mais de 42 mil indígenas nesses municípios. O objetivo é utilizar as diretrizes apresentadas no plano para, sobretudo, reduzir o consumo de bebidas alcoólicas e drogas (maconha e cocaína) e os índices de violência nas aldeias.
O plano será formulado com base nos problemas e desafios identificados, bem como nas propostas apresentadas por lideranças e adolescentes indígenas Ticuna em seminário realizado pela Funasa em Tabatinga. O encontro terminou ontem (28), após a consolidação das discussões feitas nos três dias de programação.
Aproximadamente 100 pessoas, entre representantes indígenas, gestores públicos estaduais e federais, prefeituras municipais, universidades e organizações não governamentais contribuíram para a organização das informações necessárias à formulação do plano. Outros problemas, como a insuficiência de escolas e de cursos profissionalizantes, o número de casos de suicídio e a falta de perspectiva também foram apontados pelos participantes como alvo de superação.
A vice-prefeita de Tabatinga, Eliziane Oliveira, que participou dos três dias de debates, disse à Agência Brasil, que a prefeitura tem consciência dos problemas, mas que neste início de 2009 não pode se concentrar na resolução dos casos por causa das cheias.
"O evento foi fundamental para a nossa região e irá contribuir para o enfrentamento dos problemas. Temos consciência dessas questões e nos comprometemos a trabalhar para superá-las. Ingressamos nessa administração há apenas cinco meses e de imediato tivemos que concentrar os esforços nos problemas relacionados às enchentes", destacou.
Na opinião do coordenador do escritório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) em Manaus, Halim Girade, o encontro proporcionou espaço para que lideranças e adolescentes indígenas do Alto Solimões fossem ouvidos a respeito de dificuldades relacionadas à saúde mental.
"Seus depoimentos serão fundamentais para a construção desse plano, que será executado pelas instituições e parceiros que poderão contribuir, dentro de suas responsabilidades, no enfrentamento de situações que põem em risco os indígenas do Alto Solimões".
A execução das medidas será acompanhada por um comitê formado por representantes da Funasa, do Unicef, da Fundação Nacional do Índio (Funai), de universidades, prefeituras e indígenas, entre outros participantes do seminário.
O cacique da comunidade Umariaçu 1, Oswaldo Mendes, destacou que a expectativa, a partir da elaboração do plano, é a melhor possível. "A gente também quer ter boas escolas, trabalho e condições para nos vestirmos bem. Nosso desejo é de que tudo que foi falado no seminário saia do papel e desta sala e melhore mesmo nossa situação", concluiu.
Agência Brasil
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