"Nós nunca desistimos", diz policial
O Setor de Informação e Captura (SIC) da Polícia Civil de Maringá é o órgão que, entre outras funções, faz a busca de pessoas desaparecidas. O chefe do setor, o investigador Paulo da Silva, explica que há uma diferença entre a procura por adultos e por crianças.Para os maiores de idade, deve ser respeitado um prazo de 24 horas a partir do desaparecimento até a busca começar, enquanto para a investigação dos casos envolvendo menores a polícia é deslocada imediatamente. “O problema é que, quando são adultos, muitas vezes o ‘desaparecimento’ é voluntário. É marido que quer fugir da mulher, ou que sai pra beber...”, comenta o policial. O desajuste familiar e o uso de drogas são apontados como as causas mais comuns para os desaparecimentos.Entre crianças e adolescentes, os únicos casos em aberto na cidade são os de Ednilton e José Carlos, desaparecidos desde 1992. “É uma situação triste, de crianças que sumiram e nunca mais voltaram. Mas sempre se pode ter esperança, estamos atentos e nunca desistimos”, diz Silva. A polícia de Maringá também está envolvida na investigação do caso de Ariele Botelho, 2 anos, desaparecida em Lidianópolis no dia 15 de maio. “Oferecemos ajuda para as cidades próximas, mas até agora não temos novidades na busca da Ariele”.O chefe do SIC reclama do comportamento de muitas famílias que registram boletim de ocorrência sobre desaparecimento de familiares. “Muitas vezes, é um adolescente que acaba sendo encontrado sem a participação da polícia e quem registrou a ocorrência não volta para dar baixa”. O comportamento, segundo Silva, é constante e atrapalha outras buscas ao deslocar pessoas do corpo policial para um caso já resolvido, enquanto outros estão em aberto. “Trabalhamos seriamente e precisamos de cooperação”, diz o investigador.
Fonte: O Diário de Maringá
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