Ter um filho desaparecido é ter a vida suspensa. É assim que Arlete Caramês, presidente do Movimento Nacional em Defesa da Criança Desaparecida do Paraná, resume o sofrimento de centenas de famílias que passam pelo drama de perder um filho. O assunto afeta tantas pessoas que é lembrado internacionalmente, sempre no dia 25 de Maio. A data foi instituída depois que, em 1979, uma criança de seis anos desapareceu em Nova Iorque.
No Paraná, a concessionária CCR RodoNorte realiza trabalho permanente através da campanha "De Volta Para a Casa", com a divulgação de nomes e fotos de crianças desaparecidas impressos nos recibos de pagamento de pedágio. Outras concessionárias do Estado também realizam o mesmo trabalho, com o objetivo de aumentar o número de reencontros entre pais e filhos. A campanha já apresentou resultados positivos. O adolescente Tiago Gonçalves sentiu saudades da família quando viu sua imagem no cartaz da campanha e voltou para a casa, depois de ficar três anos longe.
A história de Tiago teve um final feliz. Porém, muitas mães ainda carregam esse sofrimento. A dona de casa Arlete Caramês é uma delas. Ela teve o filho, Guilherme, sequestrado em 1991 e até hoje não o reencontrou. A organização fundada por Arlete é o movimento Nacional em Defesa da Criança Desaparecida do Paraná (Cridespar), mantém banco de dados atualizado com informações de todas as crianças desaparecidas no Estado. As informações são repassadas às concessionárias, que ajudam na divulgação das fotos e dos nomes. Somente a CCR RodoNorte distribui cerca de 50 mil recibos por dia. O Movimento Nacional em Defesa da Criança Desaparecida do Paraná pode ser contatado pelo telefone (41) 3262 1500, ou através do site http://www.criancadesaparecidaparana.org.br/.
Publicado em : 24/05/009 00:00
JORNAL DA MANHÃ
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