segunda-feira, 25 de maio de 2009

Pobreza afeta mais de 400 milhões de africanos

Mãos Unidas apoia mil projetos no continente
Por Nieves San Martín

MADRI, domingo, 24 de maio de 2009 (ZENIT.org).- A pobreza já afeta cerca de 400 milhões de africanos, denuncia um comunicado publicado pela organização católica de ajuda ao desenvolvimento Mãos Unidas, por ocasião da próxima celebração do Dia da África.
Hoje, 25 de maio se comemora o Dia da África, que recorda a criação, em 1963, em Addis Abeba (Etiópia), da Organização para a Unidade Africana (OUA), substituída em 2002 pela União Africana (UA).
Os graves problemas que atingem a África, terceiro continente do mundo em extensão, traduzem-se – denuncia Mãos Unidas – “em um altíssimo índice de pobreza que já afeta cerca de 400 milhões de pessoas”.
Não é em vão que, dos 177 países estudados pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), os 24 com o índice de desenvolvimento humano mais baixos são os africanos.
Além disso, como se fosse pouco, a crise financeira atual está minando as conquistas e avanços obtidos na África durante os últimos anos.
A taxa média de crescimento anual havia aumentado de 3,7% em 1996, a 6,3% em 2007, enquanto a inflação baixou de 18,8% a 8,2% durante o mesmo período.
No entanto, agora a demanda de produtos base da economia africana (diamantes,café etc.) está baixando, o que implica no aumento do desemprego e em uma considerável diminuição dos ingressos por remessas.
Por outro lado, os países desenvolvidos, em seu afã de reduzir custos, diminuem a ajuda oficial para o desenvolvimento ao invés de cumprir a promessa feita de duplicar a ajuda à África para 2010.
Para muitos países africanos, tal ajuda supõe 40% do seu orçamento anual e sua diminuição implica na redução do investimento em serviços sociais imprescindíveis para romper a espiral da pobreza (fome, maior risco de doença, menor capacidade de rendimento, menos ingressos, menores gastos em nutrição, educação e saúde, maior situação de fome).
Tudo isso não impede que Mãos Unidas contemple a África “com esperança, uma esperança que se apoia na juventude da população do continente (em 2007, os menores de 18 anos eram 384 milhões).
E isso se reflete nos quase 1.000 projetos que forma apoiados em 50 campanhas, que tiveram como beneficiários diretos as crianças e os jovens.
Além disso, conclui Mãos Unidas, é também motivo de esperança “o surgimento de grandes figuras do mundo das artes, letras, esporte e política, que, pouco a pouco, vão situando seus países nos lugares nos quais, por direito, lhes corresponde estar”.
Fonte: Zenit.org

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