segunda-feira, 18 de maio de 2009

Polícia civil investiga novo grupo neonazista no Estado

Nesta segunda, foram apreendidas mais de 300 peças, entre fotos, DVDs, livros, três bombas caseiras, facas, estiletes

A polícia civil de Porto Alegre realizou uma operação para tentar localizar integrantes de um novo grupo neonazista no Estado. Durante toda a segunda-feira, policiais apreenderam mais de 300 peças, entre fotos, DVDs, livros, três bombas caseiras, facas, estiletes, roupas com suásticas e inclusive fardas militares em Cachoeirinha, Viamão, Porto Alegre e duas cidades da Serra.
Os materiais foram apreendidos nas casas de cinco integrantes de um novo grupo neonazista que estaria sendo formado no Rio Grande do Sul. Chamado de New Land, o grupo tem cerca de um ano e seu principal líder seria o gaúcho de 21 anos, natural de Teutônia, preso em abril suspeito de matar um casal que também integrava um grupo neonazista.
As duas facções seriam rivais.

Segundo o titular da 1ª Delegacia de Polícia de Porto Alegre, Paulo César Jardim, o grupo estaria planejando ataques a judeus e a grupos de homossexuais no Estado.

— Até o momento, nós tínhamos esses grupos fazendo propaganda do neonazismo, defendendo suas teses, suas teorias, mas agora eles partiram para o confronto — afirma.
O delegado explica que o grupo se divide em três segmentos: político, propaganda e paramilitar. O terceiro teria a obrigação de selecionar soldados, que seriam encarregados de preparar bombas e explodi-las em locais específicos. Sinagogas e passeatas de homossexuais seriam os principais alvos do grupo.
— Eles não esconderam que, se precisam matar judeus, era melhor matar vários de uma vez. O mesmo vale para os homossexuais. É uma ideia bastante grave, bastante séria e nós temos a obrigação de prender essas pessoas — relata Jardim.
Para ingressar é preciso ser branco e, de preferência, com descendência europeia, além de ter conhecimentos gerais sobre o nazismo.
A polícia está investigando cerca de 50 pessoas que teriam relação com o grupo, que estaria ligado a movimentos do Paraná e São Paulo. Nos últimos 60 dias, a polícia investiga a participação do grupo em pelo menos 10 mortes no Estado.


Zero Hora

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