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terça-feira, 26 de maio de 2009
Redução da natalidade influencia qualidade do ensino no País
Se o País mantiver a redução da natalidade da última década e conseguir acabar com a repetência, as matrículas no ensino fundamental cairão de 32 milhões para 19 milhões nos próximos 11 anos
As escolas brasileiras inverteram a equação dos anos 90, quando o aumento na quantidade de alunos levou à queda da qualidade de ensino. Atualmente, as unidades de ensino recebem cada vez menos alunos, devido à redução da natalidade. Até 2020, as matrículas no ensino fundamental poderão cair em 40%. De acordo com o pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Sergei Soares, se o País mantiver a redução da natalidade da última década e conseguir acabar com a repetência, as matrículas no ensino fundamental cairão de 32 milhões para 19 milhões nos próximos 11 anos. O dinheiro gasto hoje na absorção de crianças poderá ser usado para aumentar a carga horária de estudo, investir no treinamento de professores e comprar materiais e tecnologia para as escolas. Segundo as metas traçadas para a educação, em 2021 os alunos brasileiros deverão ter desempenho igual à média dos países desenvolvidos. Conforme o economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Marcelo Néri, a redução da natalidade é o vento a favor da educação, e as metas são instrumentos importante para guiar o País. Segundo o movimento “Todos Pela Educação”, que criou e monitora as metas de qualidade no ensino, é preciso reservar um percentual maior do Produto Interno Bruto (PIB) ao investimento na área. Hoje, o Brasil investe 3,7% do PIB em educação. O mínimo recomendado pelo movimento, e pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), é 5%. O cenário da educação depende, ainda, de como as escolas vão solucionar o problema de fluxo. Anualmente, 18% dos alunos repetem o ano no Brasil. Se a repetência não for reduzida, o País terá três milhões de alunos a mais que o previsto em 2020. O problema está ligado a uma cultura típica do Brasil, na qual os responsáveis jogam no aluno e em sua família a culpa pelo fracasso no ensino. Hoje, de cada dez alunos que entram na 1ª série, só três terminam o ensino médio. Segundo cálculo do Instituto Ayrton Senna, a repetência custa 10 bilhões ao ano para o País.
[Revista Época, Ana Aranha – 25/05/2009]
Fonte : ANDI
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