O casal Antônio Gatti e Roberta Guimarães tem uma filha biológica, de três anos, e quer aumentar a família. Há um ano, eles estão na fila de espera para adotar uma criança. Atualmente no 32º lugar, a expectativa dos dois é grande em encontrar um filho para amar, independente da cor ou do sexo. Nesta segunda-feira (25) comemora-se o Dia Nacional da Adoção. Em Vitória, 30 crianças foram adotadas este ano. A história de Roberta com a adoção começa em 2007 quando ela visitou um abrigo de menores, em São Paulo. Ao conhecer uma das crianças, criou um afeto grande, mas, na época, não pode adotá-la. "Me emocionava sempre que o via e em saber que ele nunca tinha visto o mar, nem um parque e muito menos tinha andado de carro. Ao ficar na janela do abrigo, ele gritava quando via o carro", emociona-se Roberta.
Como não tinha condições de ter um filho adotivo antes, Roberta acredita que chegou a hora. Ela espera encontrar uma criança que tenha menos de dois anos, mais jovem que sua filha biológica. Segundo ela, esta condição significa que o segundo filho será mais novo que o primeiro, como acontece naturalmente. Enquanto Antônio e Roberta vivem a espectativa de adotarem uma criança, o casal Marcelo Castro e Mônica de Souza Mendes tem uma filha adotiva há cinco anos. Segundo Marcelo, adotar um filho é ter um filho. "É maravilhoso, é um filho gestado de um desejo muito forte. Nunca tive um filho biológico, mas os laços afetivos seriam o mesmo se tivesse tido", comenta.
Adoção
Mônica, hoje, usa sua experiência com adoção para ajudar outras famílias que querem ter um filho adotivo. Ela faz parte do Grupo de Apoio à Adoção de Vitória, o Ciranda, que existe desde julho de 2008, e orienta os pais sobre assuntos como a gestação adotiva, a espera pela criança, o desejo de adotar, como revelar para a criança que ela é adotada e uma série de outras dúvidas.
"O Ciranda auxilia os casais que querem adotar uma criança. Trabalhamos as reflexões sobre o ato de adotar. Por exemplo, muitos têm o costume de falar que vão 'pegar um filho para criar', termo que não é adequado. Ajudamos a acalmar o casal em relação à espera, esclarecemos os mitos e os preconceitos", ressalta Mônica.
Ela ainda diz que, primeiramente, para adotar uma criança o casal precisa ter um desejo muito grande e não achar, apenas, que está ajudando a sociedade. Segundo Mônica, a melhor forma de adotar uma criança é consultar a Vara da Infância e Juventude do município. O casal tem que se habilitar, aguardar e receber a criança.
Uma das dúvidas frequentes dos pais que querem adotar um filho é porque demora-se tanto para efetuar a adoção. De acordo com a assistente social da Vara da Infância e da Juventude de Vitória Silvia Helena Charpinel, o motivo é que nem todas as crianças abrigadas estão em estado de adoção.
Além disso, 30% dos casais dão preferências para bebês de cor branca, no entanto, 60% das crianças no abrigo são negras. Por isso demora-se a encontrar o perfil desejado. Segundo Silvia, em Vitória, 17 crianças podem ser adotadas e existem, na Vara da Infância, 70 casais habilitados para adotar.
Os adotantes tem em média 40 a 50 anos, ganham de sete a 10 salários mínimos, possuem casa própria, são casados, têm problema de infertilidade, têm ensino superior e estabilidade no emprego.
Abandono
Neste ano, seis crianças foram abandonadas pelos pais em Vitória. Na maioria dos casos, elas são maltratadas. No próximo semestre, a Vara da Infância e Juventude, em parceria com o Ciranda, começará o projeto Faça Legal, que incentiva as mães que não querem ou não tem condições de criar os filhos a entregarem a criança para o órgão.
De acordo com Silvia, a ideia é diminuir os casos de abandonos de crianças. Na capital, a média anual de adoções é de 75 crianças. O Ciranda é formado por aproximadamente 35 pessoas e acontece no prédio do curso de farmácia da Emescam. As reuniões são quinzenais e são realizadas às 18h30. Nesta quinta-feira (28) o grupo se reunirá.
Serviço
Ciranda - Grupo de Apoio à Adoção de Vitória
Local: prédio do curso de farmácia, na Emescam. Sala 403
(27) 3322-2322
Gazeta on-line
estou gravida e quero dar meu bebe pois nao tenho condiçoes de cria-lo,quero alguem que de amor e carinho para ele como e onde posso procurar pessoas certas ? estou desesperada preciso de uma resposta
ResponderExcluirNão fique desesperada.
ResponderExcluirO próprio hospital poderá encaminhar você ao lugar certo.
Procure se informar e fale com a pessoa responsável.
Boa sorte e muita calma
Abçs
Maria Célia e Carmen