quinta-feira, 11 de junho de 2009

Diretora de escola entrega pedófilo à polícia em São Paulo

As notas da menina de 11 anos começaram a despencar nos últimos meses. Educadores da Escola Estadual Frei Galvão perceberam que a criança começara a guardar segredos demais. A irmã mais velha, de 25 anos, percebeu que a aluna da 5ª série passou a usar maquiagem e chegar em casa com dinheiro. Estranhou. E com razão. A menina estava sendo aliciada sexualmente. Ela foi encontrada nesta quarta-feira na casa do copeiro W.A.S., de 36 anos. Viam juntos um filme pornográfico.

A denúncia foi feita pela própria diretora da escola onde a menina estuda.
Na casa do acusado, no Jardim Cabuçu, Zona Norte de São Paulo, a polícia apreendeu a fita de vídeo e revistas de conteúdo sexual. De acordo com a soldado Daniela Rizzo da Cruz, a vítima narrou que, em outras oportunidades, o copeiro se despia e se masturbava na sua frente. O copeiro foi encaminhado ao 73 Distrito Policial (Jaçanã) e foi autuado em flagrante por tentativa de atentado violento ao pudor.

A prisão do copeiro só foi possível porque a comunidade do bairro se uniu

- Vi essa menina entrar na casa dele com frequência. Já faz uns quatro meses que isso acontece. Dia sim, dia não ela está lá na porta. Toca a campainha. Ele vem na ponta dos pés, abre o portão e bota ela pra dentro de casa – contou uma dona de casa, de 32 anos.
A testemunha afirma que a criança de 11 anos costumava ir muito cedo para a casa do acusado. Permanecia duas horas lá dentro e depois saía.
Nesta quarta, uma vizinha viu a criança entrar na casa e ligou para uma amiga, que conhecia a diretora da escola onde a menina estudava. A diretora, que já estava preocupada com a rotina da menina, chamou a Polícia Militar.
A soldado Daniela e o soldado Marcos Gravina, da viatura 43124, foram à casa.
- Encontrei a menina na cozinha. O meu parceiro abordou o acusado na sala, onde estava sendo exibido no vídeo um filme pornográfico – disse a policial.
Segundo uma vizinha, que preferiu não se identificar, no ano passado, um grupo de crianças, com idades entre 9 e 11 anos, esteve por duas vezes na casa do acusado. “As crianças saíram com sacos de pão de lá”, lembrou a mulher.
A diretora disse que a aluna vítima de assédio sexual confessou-lhe as visitas à casa do acusado.
- Ela também disse que algumas coleguinhas estiveram lá – revelou a educadora.
A garota conheceu o acusado em um telecentro, perto da escola. Na delegacia, a menina mostrava-se confusa. Segundo a PM Daniela Rizzo Cruz, ora ela dizia ter tocado o acusado, ora negava.
- Trata-se de uma criança e nós devemos ter todo o cuidado para que não sofra com tudo isso. Perguntei a ela se estava com medo e ela respondeu que não. Não sei se compreende o que aconteceu – comentou a soldado que prendeu o suspeito.


O Globo

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