Mais de 200 milhões de crianças continuam a ser forçadas a trabalhar diariamente no Mundo, alerta a Organização Internacional do Trabalho, salientando que «três em cada quatro desses menores estão expostos às piores formas de exploração laboral».
Numa mensagem divulgada no âmbito do Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil, que se assinala sexta-feira, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima que mais de 200 milhões de rapazes e raparigas estejam envolvidos em alguma forma de trabalho.
O Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil é sempre assinalado a 12 de Junho. Este ano, as comemorações marcam também a adopção da simbólica Convenção nº 182 da OIT sobre a proibição das piores formas de trabalho infantil.
A OIT destaca que três em cada quatro das crianças e adolescentes que trabalham estão expostas às piores formas de exploração laboral infantil (tráfico humano, conflitos armados, escravatura, exploração sexual e trabalhos de risco, entre outros), actividades que «prejudicam de forma irreversível o seu desenvolvimentos físico, psicológico e emocional».
Segundo a OIT, as comemorações deste ano vão procurar salientar os desafios que ainda restam no combate ao trabalho infantil, sobretudo aquele tipo de trabalho que envolve raparigas, discutir o impacto que a crise económica mundial pode ter no agravamento deste flagelo, bem como enfatizar o papel fundamental da educação na solução do problema.
No entender da OIT, a «abolição efectiva» da exploração laboral das crianças - que «são privadas de direitos básicos, como educação, saúde, lazer e liberdades individuais» - é um «dos maiores e mais urgentes desafios do nosso tempo».
A expansão do acesso ao ensino básico, com muitos países a eliminaram as propinas escolares, a implementação de programas de transferência social e uma maior participação dos Governos, que estão agora a ratificar as convenções da OIT sobre o trabalho infantil, são alguns dos progressos mundiais mencionados pela organização.
Por ocasião desta efeméride, a OIT divulga sexta-feira um novo relatório com o título: «Dar às raparigas uma possibilidade: Enfrentar o trabalho infantil, uma chave para o futuro». O documento refere que a crise económica mundial pode levar mais raparigas a abandonarem a escola para trabalhar.
Diário Digital / Lusa
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