sexta-feira, 12 de junho de 2009

A verdade sobre o turismo sexual

O turismo sexual com menores é um mercado cada vez mai rentável à medida que a indústria de viagens internacionais se expande e os viajantes de países ricos buscam destinos mais afastados, exóticos e em desenvolvimento.
O fenômeno é tão grande que em alguns casos representa entre 2 a 14% do Produto Interno Bruto (PIB) de países como a Indonésia, Tailândia, Malásia e Filipinas, de acordo com um estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e do Departamento de Justiça dos Estados Unidos.

Quem é o turista sexual infantil?
O turista sexual infantil é um indivíduo que viaja ao estrangeiro com o propósito de manter relações sexuais com menores. Geralmente são homens, entre 40 e 60 anos, de todas as classes sociais. A maioria que procura essa classe de serviço provem da Europa ocidental* e Estados Unidos. Não são necessariamente pederastas, mas o que o Departamento de Justiça dos Estados Unidos denomina como “abusadores transitórios ou situacionários”, que se envolvem em relações sexuais com crianças caso surja uma oportunidade.

Por que exploram sexualmente os menores no estrangeiro?
Alguns abusadores são atraídos pelo anonimato que lhes concede um país estranho. Se sentem tranquilos porque essa relação ilícita acontece fora de suas fronteiras.
Muitos justificam seu comportamento sustentando que as crianças desses países não são tão inibidas sexualmente e que ali não existe tanto tabu contra as relações físicas com menores. Também acreditam que estão fazendo um favor ao dar-lhes dinheiro por seus serviços e, assim, aliviar sua pobreza.

Quem são as vítimas?
Milhões de meninos e meninas dos setores mais vulneráveis da sociedade e principalmente do mundo em desenvolvimento. Os estudos indicam que eles são sujeitados para se prostituir com até trinta clientes por semana. Suas idades variam, mas recentemente o número de crianças menores de 10 anos envolvidas com a exploração sexual tem aumentado.

Em que condições vivem?
Os menores vivem em condições paupérrimas, mau alimentados e em constante temor de sofrer violência. Podem ser agredidos pelos clientes, castigados pelos donos dos prostíbulos ou presos pelas autoridades.
Muitas das vítimas estão afetadas por várias doenças infecciosas para as quais não recebem tratamento.
Muitas buscam uma saída para essa situação no consumo de drogas ou no suicídio.

Como se estabelece esse comércio?
Os exploradores sexuais fazem parte de completas redes internacionais que utilizam a internet para difundir os lugares ideais para esse tipo de atividade e como planejar a viagem. Há casos de organizações de exploração de menores que se escondem atrás de fachadas aparentemente legítimas, como agências de turismo, para relizar suas atividades. Já no país onde existe a oferta, uma estrutura mais informal de pessoas “comuns e simples” basta para coordenar o contato.

Que medidas estão sendo tomadas para combatê-lo?
Muitos países onde ocorre a exploração sexual de menores estão adotando leis que penalizam esses abusos, mas em poucos se aplicam as penas contra os turistas. Também existe um conflito com os interesses de um governo que não combate o turismo internacional legítimo e a prosperidade econômica que ele representa.
Nos Estados Unidos se promulgou uma legislação que criminaliza toda viagem ao exterior com o propósito de entrar em contato sexual com menor. Vários países na Europa começaram a incorporar leis e penas contra turistas sexuais infantis quando o crime for cometido fora de sua jurisdição.
No entanto, a epidemia do turismo sexual com menores está aumentando. Organizações como UNICEF e ECPAT realizam campanhas de divulgação, conscientização e inclusão de outros setores da sociedade para por fim a este flagelo.
*Para a Organização das Nações Unidas, a Europa ocidental compreende a Alemanha, a Áustria, a Bélgica, a França, Liechtenstein, Luxemburgo, Mônaco, os Países Baixos e a Suíça.

(Tradução Brasil Contra a Pedofilia)


Rede Peruana Contra a Pornografia Infantil

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