O padrasto de B., J.C.F.S., foi preso na quinta-feira (11) na porta de casa, no bairro da Palestina. Ele estava desempregado e fazia bico vendendo fogos de artifício. Segundo o aspirante PM Tiago dos Santos, da 31ª CIPM (Valéria), os policiais chegaram a tempo de evitar que ele fosse linchado pelos vizinhos.
J. foi autuado pela delegada Simone Malaquias Macedo, titular da Delegacia de Repressão a Crimes Contra Crianças e Adolescentes (Derca), e ficará detido nos Barris até a conclusão do inquérito.
A diarista E. F. O. , 30, mãe da vítima, que havia recebido a carta da filha na quarta, disse que saiu de casa na madrugada de quinta-feira (11), depois que o marido confessou que realmente praticava sexo com a enteada.
“Temendo que ele fizesse alguma coisa com a gente, levei minhas duas filhas para a casa da avó e contei o que estava ocorrendo para o meu irmão. Ele que denunciou à polícia”, contou.
Ela disse que conheceu J. numa igreja evangélica e que já vivem juntos há quatro anos. Eles têm uma filha de 2 anos. A garota B.F.O. revelou que decidiu escrever a carta porque tinha medo e vergonha de encarar a mãe.
Ela disse ainda que J. fez várias ameaças de que mataria ela e sua mãe caso fosse denunciado. Com medo de represálias, B. escreveu a carta no domingo, quando o padastro a violentou pela última vez, e deixou na casa de uma amiga para que fosse entregue à sua mãe.
Vizinhos contaram que J. tinha um comportamento acima de qualquer suspeita e frequentava a igreja diariamente. Outra característica sua, segundo os vizinhos, era andar sempre com uma Bíblia.
O resultado do exame de corpo de delito realizado pela manhã no Departamento de Polícia Técnica sairá em uma semana. Para tentar preservar a criança, uma tia disse que vai se mudar com a família para uma cidade do interior do estado.
Correio da Bahia
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