quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Advogado de Roger Abdelmassih diz que vai recorrer ao STJ




Na tarde desta quarta (19), Justiça de SP indeferiu habeas corpus. Médico é acusado de estuprar 50 pacientes e está preso em SP.

O advogado José Luís de Oliveira Lima, que representa o médico Roger Abdelmassih, informou nesta quarta-feira (19) que vai recorrer junto ao Tribunal Superior de Justiça (STJ) com um novo pedido de habeas corpus. O objetivo é libertar o médico, que está preso em São Paulo e é acusado de estuprar mais de 50 pacientes.
A decisão de Lima foi revelada poucos minutos depois que o desembargador José Raul Gavião de Almeida, da 6ª Câmara Criminal, indeferir o pedido de habeas corpus protocolado no Tribunal de Justiça de São Paulo no dia anterior pela defesa de Abdelmassih.
"Eu respeito, mas não concordo com a decisão. Amanhã (quinta) vou pessoalmente a Brasília no Superior Tribunal de Justiça protocolar um pedido de habeas corpus em favor do doutor Roger", contou Lima.
Tido como um dos mais renomados especialistas em reprodução assistida do país, Abdelmassih está preso no 40º DP, na Zona Norte de São Paulo. O advogado dele informou, por volta de 16h30, que estava seguindo para a delegacia a fim de contar ao médico a decisão do desembargador.
Abdelmassih foi preso na segunda-feira (17) em sua clínica, nos Jardins, região nobre de São Paulo. Para o advogado dele, a sentença de Almeida vai contra a "presunção de inocência".
A denúncia contra o médico foi oferecida pelo Ministério Público de São Paulo e recebida pela Justiça, que instaurou processo criminal para análise das acusações contra Abdelmassih. O médico foi indiciado em junho pela Polícia Civil, sob suspeita de estupro e atentado violento ao pudor.

Agendamento
Apesar da prisão, funcionários da clínica de Abdelmassih permaneciam agendando consultas com o médico na manhã desta quarta. O G1 entrou em contato com a clínica e foi informado de que, na agenda de Abdelmassih, há horário para consultas no dia 31 de agosto. Questionada a respeito da situação do médico que está preso, a atendente informou que, “até segunda ordem” o agendamento permaneceria normal.

Investigações
As investigações começaram a ser feitas no início do ano passado, quando ex-pacientes procuraram o Gaeco, um grupo especial do Ministério Público. A maior parte das pacientes tem idade entre 30 e 45 anos e vem de vários estados do país. O relato mais antigo é de 1994 e há outros de 2005, 2006 e 2007. Algumas vítimas chegaram a procurar a polícia na época, mas a maioria só se manifestou após ver os relatos na imprensa. De acordo com a promotoria, os relatos das pacientes são muito parecidos quanto à forma de abordagem no consultório. Os supostos ataques ocorreriam quando as pacientes estavam voltando da sedação ou até mesmo sem estarem sedadas e em momentos quando não havia outra pessoa na sala. Os promotores tentaram denunciar o médico no ano passado, mas a Justiça não aceitou a denúncia justificando que os promotores não tinham poder para investigar. O caso foi encaminhado para a polícia naquela ocasião.

Sindicância
O Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) abriu 51 processos ético-profissionais contra o profissional. De acordo com a assessoria de imprensa do Cremesp, a abertura dos processos foi decidida na sexta-feira (7), em reunião plenária. As ações, todas individuais, estão relacionadas a cada uma das vítimas que apresentaram denúncia ao Cremesp.



G1

Um comentário:

  1. Ele é um monstro. No laboratório pedia para trocar o material genético,caso a paciente vinha de outro colega com insucesso. Investiguem os geneticistas do laboratório desse despota. Façam DNA e verão a prova. É pior q Hitler. Paredão para ele. Essa é a única justiça. Todos q trabalham ou trabalharam no laboratório da clínica, sabem!!!

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