FLORIANÓPOLIS - A funcionária do Ministério do Trabalho lê o que está escrito no computador e arregala os olhos. Volta a olhar para a mulher que está na sua frente, olha para o computador de novo e não acredita. A pessoa que está do outro lado da mesa é Juliana Gonçalves do Amaral, 31 anos. Ela mora em Joinville, Santa Catarina, trabalhou por quatro anos em um shopping, é casada e tem uma filha de 11 meses. Avisada pela funcionária pública, Juliana descobriu que é considerada uma pessoa morta pelos documentos do Ministério do Trabalho.
Juliana recebeu a notífcia ao encaminhar, no mês passado, o pedido de seguro-desemprego. Foi pega de surpresa pela informação de que não receberia o benefício porque aparecia na sua documentação a seguinte observação: "falecimento do segurado".
- Não é possível! Quando soube disso fiquei apavorada. Ou sou vítima de um golpe ou há algum erro - diz, em um misto de revolta e desapontamento.
Juliana já andou de lá para cá e o seu problema não foi resolvido. Procurou a sede do Ministério do Trabalho, em Joinville. Ficou na fila durante a madrugada e não houve jeito. Depois foi até o INSS, no Centro da cidade. Lá recebeu uma resposta tão rápida quanto ineficaz de uma funcionária: "Esse problema não é com a gente".
No papel, Juliana Gonçalves do Amaral está morta. E como oficialmente seu nome aparece com uma pessoa que já não está mais entre os seres vivos, ela não poderá receber as três parcelas do seguro-desemprego.
A gerente do Ministério do Trabalho em Joinville, Eliane Mendes, entende que o problema pode estar em um erro de digitação no momento de fazer o cadastro no PIS. É provável, segundo ela, que o problema tenha surgido no antigo emprego de Juliana. Para o INSS, a jovem terá que fazer um recurso e encaminhá-lo a Brasília. O processo burocrático demora de 30 a 120 dias para ser concluído. Mas Juliana tem pressa.
Sem o dinheiro do seguro-desemprego, as dívidas da família estão se acumulando. O carro usado, comprado a prestações, está com as parcelas atrasadas. Os carnês das lojas se acumulam. O salário do marido Adriano Gonçalves do Amaral, 34, ajuda a pagar as despesas do dia-a-dia.
- Tenho recebido uma força dos meus pais. Eles estão pagando algumas contas. Estou me sentido vítima e muito prejudicada - desabafa.
Juliana já sabia que tinha problemas na sua documentação. Há quatro anos, ao sacar o FGTS, descobriu que no cadastro já aparecia que ela estaria morta. Não teve dificuldade de arrumar outro emprego. Agora, ao desligar-se de uma livraria, tudo de novo.
- Não tenho qualquer problema em abrir contas. O problema é no número do meu PIS (Programa de Integração Social), que aparece como se eu já estivesse morta - explica.
Juliana recebeu a notífcia ao encaminhar, no mês passado, o pedido de seguro-desemprego. Foi pega de surpresa pela informação de que não receberia o benefício porque aparecia na sua documentação a seguinte observação: "falecimento do segurado".
- Não é possível! Quando soube disso fiquei apavorada. Ou sou vítima de um golpe ou há algum erro - diz, em um misto de revolta e desapontamento.
Juliana já andou de lá para cá e o seu problema não foi resolvido. Procurou a sede do Ministério do Trabalho, em Joinville. Ficou na fila durante a madrugada e não houve jeito. Depois foi até o INSS, no Centro da cidade. Lá recebeu uma resposta tão rápida quanto ineficaz de uma funcionária: "Esse problema não é com a gente".
No papel, Juliana Gonçalves do Amaral está morta. E como oficialmente seu nome aparece com uma pessoa que já não está mais entre os seres vivos, ela não poderá receber as três parcelas do seguro-desemprego.
A gerente do Ministério do Trabalho em Joinville, Eliane Mendes, entende que o problema pode estar em um erro de digitação no momento de fazer o cadastro no PIS. É provável, segundo ela, que o problema tenha surgido no antigo emprego de Juliana. Para o INSS, a jovem terá que fazer um recurso e encaminhá-lo a Brasília. O processo burocrático demora de 30 a 120 dias para ser concluído. Mas Juliana tem pressa.
Sem o dinheiro do seguro-desemprego, as dívidas da família estão se acumulando. O carro usado, comprado a prestações, está com as parcelas atrasadas. Os carnês das lojas se acumulam. O salário do marido Adriano Gonçalves do Amaral, 34, ajuda a pagar as despesas do dia-a-dia.
- Tenho recebido uma força dos meus pais. Eles estão pagando algumas contas. Estou me sentido vítima e muito prejudicada - desabafa.
Juliana já sabia que tinha problemas na sua documentação. Há quatro anos, ao sacar o FGTS, descobriu que no cadastro já aparecia que ela estaria morta. Não teve dificuldade de arrumar outro emprego. Agora, ao desligar-se de uma livraria, tudo de novo.
- Não tenho qualquer problema em abrir contas. O problema é no número do meu PIS (Programa de Integração Social), que aparece como se eu já estivesse morta - explica.
O Globo
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