O padre Clodoveo Piazza, ex-secretário estadual de Assuntos Sociais e Combate à Pobreza da Bahia e ex-presidente da Organização de Auxílio Fraterno (OAF), está sendo denunciado pelo Ministério Público por exploração sexual de menores. Italiano naturalizado brasileiro, ele é acusado de aliciar garotos da instituição e ainda convencê-los a fazer programas com estrangeiros e padres italianos que visitavam a OAF, segundo o Ministério Público. Piazza deixou a organização no ano passado, depois de uma outra acusação de improbidade administrativa e desvio de verba. Marcos de Paiva Silva, ex-diretor-executivo da entidade, também está sendo acusado também por abuso e exploração de menores.
- Eles prometiam várias recompensas aos internos em troca de programas. Os meninos, que hoje são maiores de idade, ganhavam dinheiro, roupas, sapatos, tênis e proteção diferenciada dentro da instituição, que abriga menores em situação de risco – disse a promotora Sandra Patrícia Oliveira.
A investigação contra os dois começou em 2007, depois da denúncia de alguns funcionários da Organização. De acordo com o Ministério Público, entre 2000 e 2008, os dois submeteram diversos internos da OAF, menores de 18 anos, à exploração sexual. Oito ex-internos, hoje maiores de idade, já prestaram depoimento. Eles contaram em detalhes os abusos sexuais. Um dos garotos chegou a ficar seis meses na Itália à convite de um estrangeiro. A promotora disse que Piazza e o ex-diretor da instituição acabaram sendo beneficiados pelo tempo, já que alguns crimes prescreveram.
- A investigação se concentra nos abusos cometidos desde o ano 2000, mas sabemos que os dois abusavam dos garotos há muito tempo, desde a década de 80. Eles não foram denunciados pelos funcionários da OAF por medo – disse a promotora.
O Ministério Público quer que os dois sejam interrogados e condenados às penas previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) – de quatro a dez anos de reclusão. A promotora Maria Eugênia Abreu, que começou as investigações, disse que a OAF era tida como uma entidade de referência em Salvador, onde está instalada. De acordo com ela, as denúncias sobre o comportamento do padre, que por duas vezes foi secretário estadual durante o governo Paulo Souto, começaram a aparecer há dois anos. O padre morava na instituição, no bairro de Queimadinho, mesmo durante os oito anos que permaneceu como secretário de estado.
- A entidade era referência, um cartão postal no cuidado com as crianças até que as denúncias apareceram e muitos ex-internos, hoje com 23 e 25 anos, começaram a contar o que se passava lá dentro. Ele obrigava osmeninos a dormirem com ele em seu quarto. É um crime difícil de ser denunciado porque a vítima está sempre sob o jugo do opressor – explicou Maria Eugênia.
Segundo ela, alguns garotos acabaram se tornando homossexuais ou usuários de droga. Um deles mora atualmente com o ex-diretor da entidade, que assumiu a homossexualidade. Um dos garotos foi infectado pelo vírus HIV e morreu. A casa, que chegou a abrigar mais de 100 meninos, hoje tem cerca de 20.
- Eles têm vergonha de se expor. Só contaram o que aconteceu porque foram convencidos pelas conselheiras tutelares. Alguns nem se dão conta do que aconteceu – disse Maria Eugênia.
- Eles prometiam várias recompensas aos internos em troca de programas. Os meninos, que hoje são maiores de idade, ganhavam dinheiro, roupas, sapatos, tênis e proteção diferenciada dentro da instituição, que abriga menores em situação de risco – disse a promotora Sandra Patrícia Oliveira.
A investigação contra os dois começou em 2007, depois da denúncia de alguns funcionários da Organização. De acordo com o Ministério Público, entre 2000 e 2008, os dois submeteram diversos internos da OAF, menores de 18 anos, à exploração sexual. Oito ex-internos, hoje maiores de idade, já prestaram depoimento. Eles contaram em detalhes os abusos sexuais. Um dos garotos chegou a ficar seis meses na Itália à convite de um estrangeiro. A promotora disse que Piazza e o ex-diretor da instituição acabaram sendo beneficiados pelo tempo, já que alguns crimes prescreveram.
- A investigação se concentra nos abusos cometidos desde o ano 2000, mas sabemos que os dois abusavam dos garotos há muito tempo, desde a década de 80. Eles não foram denunciados pelos funcionários da OAF por medo – disse a promotora.
O Ministério Público quer que os dois sejam interrogados e condenados às penas previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) – de quatro a dez anos de reclusão. A promotora Maria Eugênia Abreu, que começou as investigações, disse que a OAF era tida como uma entidade de referência em Salvador, onde está instalada. De acordo com ela, as denúncias sobre o comportamento do padre, que por duas vezes foi secretário estadual durante o governo Paulo Souto, começaram a aparecer há dois anos. O padre morava na instituição, no bairro de Queimadinho, mesmo durante os oito anos que permaneceu como secretário de estado.
- A entidade era referência, um cartão postal no cuidado com as crianças até que as denúncias apareceram e muitos ex-internos, hoje com 23 e 25 anos, começaram a contar o que se passava lá dentro. Ele obrigava osmeninos a dormirem com ele em seu quarto. É um crime difícil de ser denunciado porque a vítima está sempre sob o jugo do opressor – explicou Maria Eugênia.
Segundo ela, alguns garotos acabaram se tornando homossexuais ou usuários de droga. Um deles mora atualmente com o ex-diretor da entidade, que assumiu a homossexualidade. Um dos garotos foi infectado pelo vírus HIV e morreu. A casa, que chegou a abrigar mais de 100 meninos, hoje tem cerca de 20.
- Eles têm vergonha de se expor. Só contaram o que aconteceu porque foram convencidos pelas conselheiras tutelares. Alguns nem se dão conta do que aconteceu – disse Maria Eugênia.
O Globo
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