segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Roger Abdelmassih foi preso sob a acusação de abusar de pacientes


Momento da prisão do médico

Por determinação do juiz Bruno Paes Straforini, da 16ª Vara Criminal Central de São Paulo, o médico Roger Abdelmassih (foto) foi preso nesta segunda-feira (17), às 15h, quando chegava em sua clínica, no bairro Jardim América, em São Paulo, acompanhado de seu motorista. Quando viu os policiais, ele se trancou em um banheiro e teve de ser convencido a sair dali.
O especialista em reprodução humana in vitro, o mais conhecido do país, foi indiciado pela polícia sob a acusação de abusar sexualmente de 61 pacientes. Há, inclusive, acusação de estupro.
Apesar disso, o Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) rejeitou recentemente a proposta de suspender o registro profissional do médico pelo menos pelo tempo em que durar o processo judicial.
Embora tenha instaurado 51 processos ético-profissionais contra o especialista, o que é incomum em se tratando de um único profissional, para a maioria dos conselheiros do órgão não “há prova inequívoca” nem “evidência de dano irreparável” a pacientes.
Ele foi levado para a 1ª Delegacia Seccional, na rua Aurora, no centro da cidade.
A prisão dele tem caráter preventivo, e o médico deverá ficar na cadeia por pouco tempo, passando a responder à Justiça em liberdade. O processo criminal tramita em segredo judicial para preservar as pacientes.
Abdelmassih nega as acusações e diz ser vítima de uma campanha difamatória patrocinada por profissionais de sua área incomodados com o seu sucesso.
Ele também chegou a dizer que as acusações não passam de “fofocas” das pacientes e que os relatos de abusos sexual eram “alucinações” decorrentes do efeito colateral da anestesia.
No começo da noite, José Luís de Oliveira Lima, advogado do médico, disse que a prisão é “manifestamente ilegal”. Disse que pedirá um habeas corpus para que o médico seja solto o mais breve possível.
A prisão teve grande destaque no Jornal Nacional, inclusive com depoimentos de vítimas gravados já há algum tempo. Foi a primeira vez que o telejornal da Globo noticiou o caso que repercute na imprensa desde janeiro deste ano.



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