segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Exame domicilar de Aids no Quênia causa preocupação sobre direitos das crianças


O Quênia planeja realizar exames de HIV, o vírus causador da Aids, em 4 milhões de pessoas em suas próprias casas em 2010.

Mas recentemente, o grupo Human Rights Watch enviou ao governo queniano uma carta solicitando que o governo garanta que todas as pessoas que realizem os exames --particularmente crianças e adolescentes-- tenham seus direitos protegidos durante o processo.
Acredita-se que cerca de 150 mil crianças estejam infectadas pelo HIV no Quênia, uma epidemia amplamente difundida.
A realização de exames e o aconselhamento em casa são considerados cruciais, pois muitas vezes não é possível convencer as pessoas a irem a uma clínica realizar o teste por medo de serem vistas ali.
No entanto, realizar exames em crianças em suas casas pode criar sérios problemas familiares. O grupo pediu que os agentes de saúde obtenham o consentimento de crianças mais velhas em vez de depender do pedido dos pais ou outros parentes, especialmente se a criança estiver grávida ou já for pai ou mãe, além de ficarem próximos da criança quando o resultado for dado.

Ataques às crianças
"Crianças já foram expulsas de suas casas, exploradas ou mal-tratadas fisicamente por seus parentes quando eles souberam de sua condição", disse o Human Rights Watch.
Um relatório sobre a epidemia de Aids no Quênia, lançado pela organização no ano passado, ofereceu um retrato assustador. Órfãos são muitas vezes mal-tratados ou pouco alimentados por parentes amargurados que passam a cuidar deles.
Alguns pais se recusam a dar drogas anti-retrovirais às crianças, mesmo quando estão em casa, pois o medicamento pode causar náusea, dor ou fome, e a comida é escassa e cara.


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