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segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
Investigação da morte de pai e filha em Porto Alegre deve ser concluída em 30 dias
PORTO ALEGRE - Os laudos da perícia sobre a morte do advogado Carlos Emelau, 62 anos, e da filha, Marcela Emelau, 3 anos, que caíram do 12º andar de um prédio no Centro de Porto Alegre , no último sábado, ficam prontos em no máximo 30 dias.
O corpo da menina foi encontrado numa laje no sexto andar de um edifício vizinho, enquanto o do pai estava no piso, em um pátio interno do prédio de onde os corpos caíram. Como a porta do apartamento estava trancada por dentro e não havia mais ninguém no imóvel, a principal hipótese da Polícia Civil é de que o homem tenha arremessado a menina e depois se jogado.
- A perícia deve confirmar a hipótese de homicídio seguido de suicídio. Pelo que encontramos no apartamento, é muito provável que ele tenha jogado a criança pela janela e depois se atirado - disse a delegada Vandi Lemos, da 1ª Delegacia de Pronto Atendimento.
Ângela Cristina Silva, mãe da menina, confirmou que detinha a guarda da menina e que Marcela passava férias com o pai, em Porto Alegre. Ela não quis falar sobre o que poderia ter motivado a tragédia familiar.
De acordo com o delegado plantonista Eduardo de Oliveira César, que esteve no apartamento do advogado, no início da manhã de sábado, Emelau teria mandado mensagens para familiares informando que um acidente ocorreria, conteúdo que a polícia vai investigar. Alertada, a Brigada Militar chegou ao edifício por volta das 10h50m. Naquele momento, Marcela já estava morta.
Antes de ingressaram no apartamento, porém, os policiais ouviram um estrondo. Era o corpo de Emelau despencando.
Emelau tinha seis ocorrências registradas contra ele na polícia por violência contra mulheres. No apartamento, não havia cama, apenas colchonetes espalhados pelo chão, nem brinquedos, segundo relato do sargento Ricardo Santos Ayedo, do 9º Batalhão de Polícia Militar (9ºBPM), que entrou no imóvel.
Natural de Cruz Alta, Emelau foi um dos proprietários da Segurança Transporte de Valores Panambi no período em que a empresa era a responsável pela segurança de todas as agências do Banrisul no Estado. Depois de vender a empresa, há cerca de três anos, começou a enfrentar problemas financeiros. Ligado ao PDT, trabalhou na Fundação Zoobotânica durante o governo de Alceu Collares.
- Era um bom companheiro, sempre entusiasmado, que devia estar em um sofrimento terrível, no fundo do poço, para tomar uma decisão tão drástica. As dificuldades financeiras eram uma questão permanente na vida dele - afirmou o ex-governador Alceu Collares, amigo de Emelau.
Além de Marcela, o advogado tinha seis filhos de seu primeiro casamento.
Globo
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