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terça-feira, 5 de janeiro de 2010
PT: BALLET ROSE (Escândalo que abalou o Estado Novo). Conheça a História...
No final dos anos 60 rebentou em Portugal um escândalo sexual, envolvendo políticos poderosos do Regime do Estado Novo, prostitutas e filhas de prostitutas, meninas muito jovens, de 8 , 9 , 10 anos, que eram entregues pelas mães para se prostituirem com vários dignitários do Regime
Ficou na história conhecido como o "Rallet Rose"
Como se sabe , em 1967 rebentou um escândalo de abuso sexual de meninas, algumas com 8 e 9 anos, por parte de gente muito influente do Regime do Estado Novo.
Além de Condes, Marqueses, estavam implicados industriais, empresários e um Ministro do Governo de Salazar. O Correia de Oliveira (ministro da Economia)
A PJ prendeu a modista Genoveva, encontrou uma lista com os clientes das meninas.
Uma das raparigas foi à PJ , na companhia do advogado Dr. Fernando Pires de Lima e contou tudo o que sabia.
Um escândalo !
O Poder quis que o advogado se afastasse. Mas este assumiu a defesa da rapariga.
Joquim Pires de Lima, numa entrevista à revista Pública do Expresso:
“Tudo começou quando uma moça dos seus 16 anos me procurou, com a mãe e o namorado, porque estava a ser apertada na Polícia Judiciária para prestar declarações. Acerca das razões que a levavam a casa de uma senhora modista, que era tida como uma desencaminhadora de menores. E para identificar os indivíduos que estavam relacionados com essa senhora. Tinha receio de que a levassem presa. Isso levou-me a telefonar ao director da Judiciária, com quem tinha boa relação, bem como ao Antunes Varela. Provoquei um grande escândalo dizendo que, com a minha cliente, à PJ, is eu! Não conhecia o isntrutor do processo. Mais tarde detectei quem ele era; era um que estava ligado ao assassinato do Delgado, o agente Parente. Quando soube, denunciei-o. Obriguei a miúda a dizer os nomes de toda a gente. Ficou a saber-se que desde os nove anos andava a ser aproveitada por indivíduos como o conde Monte Real, o conde Caria, o conde da Covilhã, uma data de gente da alta sociedade. “
O jornal ( Anabela Mota Ribeiro) pergunta-lhe então: “Com aproveitada, quer dizer abusada sexualmente?
Sim. Se tinham relações completas, isso não averiguei. A PJ o que queria era que ela não dissesse os nomes. “Quero que ela dite para os autos o que ela me disse a mim”. Quando se soube a idade das meninas envolvidas, percebeu-se que isto não era um processo de Ballet Rose á maneira do caso Profumo, cuja mais nova tinha 17 anos, mas um processo de corrupção de menores, com impúberas de nove anos. E miseráveis. Filhas de mulheres-a-dias. Eu queria que a PJ instaurasse um processo crime contra os corruptores de menores e retirasse o nome de Ballet Rose da história.
Foi isso que o Mários Soares e o Francisco Sousa Tavares não perceberam. O caso veio em jornais estrangeiros. “
"Sob o título "Caça à lolita no jardim do ministro", relata-se detalhadamente a participação entusiasmada de um membro do executivo, muito próximo de Salazar, em brincadeiras com raparigas de idade inferior a 14 anos, juntamente com outros indíviduos.
Nos jardins da grande moradia que esse ministro tinha no Estoril , realizavam-se frequentemente aquilo que era descrito como "caçadas", durante as quais uma dezena de miúdas completamente despidas, com excepção dos sapatos e de uma cabeleira com uma fita colorida, eram soltas como se de uma reserva animal se tratasse. Uma vez em liberdade, os caçadores- "diversos aristocratas, o tal ministro e altos funcionários estatais" - seguiam-lhes no encalço, igualmente despojados de roupas e também com uma fita colorida. O "jogo" consistia na captura da rapariga que tivesse a fita com a mesma cor que o seu "caçador" e na consequente consumação do acto sexual. Noutras ocasiões, as menores dançavam nuas sob holofotes de luz rosa, prática conhecida como "Ballet Rose" e pela qual o caso ficou conhecido."
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