sábado, 2 de janeiro de 2010

Obesidade mata mais do que se imagina


A obesidade pode ser um problema ainda mais sério para a saúde do que se imagina. É o que revela um estudo divulgado nesta quarta-feira pelo British Medical Journal. Cientistas do Instituto Karolinska de Estocolmo (Suécia) e da Universidade de Bristol (Grã-Bretanha) chegaram à conclusão de que estar acima do peso pode aumentar o risco de morte por doenças cardiovasculares em até 82%.
Pesquisas anteriores já haviam demonstrado a relação direta entre obesidade e mortalidade por doenças cardiovasculares, diabetes ou alguns tipos de câncer. Já um Índice de Massa Corporal (IMC) baixo está associado ao aumento da taxa de mortalidade por doenças respiratórias ou câncer de pulmão.
Os cientistas, porém, afirmam que a última associação pode ser alterada por outros fatores, como o fumo ou aspectos socioeconômicos. Também destacam o fato de que uma doença grave, como por exemplo o câncer de pulmão, provoca perda de peso e mortalidade mais elevada.
Desta vez, os cientistas compararam o IMC de pessoas com idades entre 17 e 25 anos e a mortalidade entre os pais dos pesquisados. A análise teve como base mais de um milhão de duplas filhos-pais suecos, com a medição da altura e peso dos filhos entre 1969 e 2002.
De acordo com os pesquisadores, os resultados sugerem que as aparentes consequências negativas de um IMC baixo na mortalidade por doenças respiratórias e câncer de pulmão são superestimadas, enquanto os graves efeitos de um IMC alto são subestimados.
Um adulto é considerado acima do peso recomendável quando seu IMC (relação entre peso e altura elevada ao quadrado) está acima de 25. A obesidade acontece quando esse número supera 30, e a pessoa fica abaixo do peso quando o índice é inferior a 20.


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