quarta-feira, 6 de maio de 2009

Governo israelense comemora cancelamento da viagem de Ahmadinejad ao Brasil e à AL


BRASÍLIA - O governo israelense comemorou o cancelamento da viagem do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, ao Brasil e a outros países da América Latina. Em nota divulgada hoje pela embaixada em Brasília, Israel "expressa sua satisfação pelo adiamento, até nova data, da visita do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad". O encontro entre Ahmadinejad e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva previsto para hoje, mas o presidente iraniano pediu a Luiz Inácio Lula da Silva que fosse adiado para depois das eleições no Irã, que acontecem em junho. Os motivos para o cancelamento não chegaram a ser divulgados. Os presidentes do Brasil e do Irã devem acertar uma nova data para o encontro.
O adiamento da visita foi noticiado desde a manhã de segunda-feira pela agência de notícias Irna, mas a Embaixada do Irã em Brasília negou, inicialmente, a informação. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Hassan Qashqavi, também havia confirmado a viagem, explicando que o governo buscava "relações ativas com os países da América Latina nos setores de cultura, economia e política". Uma confirmação do Itamaraty sobre o cancelamento da visita só veio à tarde.
Na nota, o governo israelense explicou que defende o isolamento internacional do Irã "devido às posições extremistas do presidente iraniano e de seu pensamento antissemita". Israel vinha criticando duramente a visita de Ahmadinejad ao Brasil desde o anúncio oficial da viagem. O Ministério das Relações Exteriores de Israel até convocou o embaixador do Brasil em Tel Aviv para manifestar descontentando com a vinda do presidente iraniano ao Brasil.
O presidente iraniano viajaria acompanhado de uma delegação composta por 110 pessoas e seu principal objetivo na Venezuela e Equador seria verificar acordos de cooperação nas áreas energética e econômica firmados com os governos locais. Já a visita que o presidente fará amanhã à Síria, onde se reunirá com seu homólogo Bashar al-Assad, não foi alterada.
No domingo, centenas de pessoas protestaram no Rio de Janeiro e em São Paulo contra a visita do líder devido principalmente à repercussão negativa do discurso de Ahmadinjead na Conferência sobre Racismo da Organização das Nações Unidas (ONU), quando ele negou a existência do holocausto, no último dia 20. O governo brasileiro criticou em nota oficial o discurso do mandatário, mas não retirou o convite da visita ao país.
O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorin, respondeu dizendo que o país desejava iniciar com o Irã "um diálogo franco, sem reservas e com liberdade para exprimir as suas divergências". As informações são da Ansa


fonte:O Globo On Line

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