sexta-feira, 8 de maio de 2009

Defesa do casal Nardoni volta a questionar exame de DNA feito pela perícia


SÃO PAULO - O advogado de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, Roberto Podval, diz que o casal não forneceu sangue para exame de DNA quando foi preso no ano passado, logo após a morte de Isabella. Nesta quinta-feira, Podval pediu à Justiça uma nova análise laboratorial e disse que não é possível relacionar o sangue dos dois aos objetos encontrados no apartamento da família onde ocorreu o crime, na Vila Mazzei, zona norte de São Paulo.
- Eles disseram que não tiraram sangue. Informaram que fizeram apenas uma coleta de urina, pois não tinha agulha para exame de sangue no Instituto de Criminalística. E se o sangue não é dos dois toda a investigação deve ser colocada em xeque - disse o criminalista.
Podval assumiu a defesa do casal no mês passado. Ele já sofreu sua primeira derrota ao ter negado o pedido de anulação do processo contra o casal. Podval disse que somente na semana passada se reuniu pela primeira vez com Alexandre e Anna Carolina. O advogado disse que não há terno de coleta de sangue no processo. Apesar disso, um dos laudos do Instituto de Criminalística apontaria 1 ml de sangue colhido dos dois para indicar a coincidência do perfil genético com o sangue encontrado na calça de Anna Carolina e na cadeirinha do carro.
A tentativa de mostrar que o casal não coletou sangue já foi feita pelo advogado Marco Polo Levorin, que estava à frente do caso. Podval disse, no entanto, que o pedido de Levorin acabou se perdendo no meio do processo, mas seria um ponto importantíssimo para provar a inocência dos dois, que estão presos há um ano em penitenciárias de Tremembé, a 140 quilômetros de São Paulo.
- Há uma dezena de pontos para serem esclarecidos antes do julgamento. Alexandre e Anna Carolina não podem ir à júri popular tão rapidamente - disse.
Podval entregou o pedido de um novo exame de sangue ao juiz Maurício Fossen, da 2ª Vara Criminal do Fórum de Santana, que direcionou o caso para o promotor Francisco Cembranelli, responsável pela acusação. O promotor disse que vai analisar o pedido, mas já adiantou que a coleta ou não do sangue é apenas um fragmento de toda uma prova contra Alexandre e Anna Carolina. Segundo ele, os próprios réus já admitiram que forneceram o sangue para análise em outros momentos.
Cembranelli acredita que o júri popular ocorra no segundo semestre no Fórum da Barra Funda, zona oeste de São Paulo. Segundo a polícia, Isabella foi estrangulada pela madrasta e arremessada do 6ª andar do edifício London pelo pai, que cortou a rede de proteção da janela do quarto dos filhos. O casal nega o assassinato. O promotor afirma que os advogados tentam fazer com que o caso caia no esquecimento.
A decisão de levar o casal a julgamento foi anunciada em outubro do ano passado pelo juiz Maurício Fossem e confirmada em março pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. Em seu parecer, o desembargador Luís Soares de Mello afirmou que acabar com o processo, como queriam os advogados do casal, é um contra-senso próximo da aberração. Disse ainda que os dois devem permanecer presos, pois a prisão é necessária para manter a ordem pública e a credibilidade da Justiça.
Fonte: O Globo

Todas as reinvidicações da nova defesa caso Isabella já foram feitas em algum momento do processo. O novo advogado somente tenta atrasar o júri popular; não traz nenhuma novidade; não alega nada novo. As amostras do sangue do casal forma colhidas no começo da investigação e comparadas exaustivamente com as amostras encontradas na cena do crime. Os leitores podem até rever a resposta dada à levorin sobre essa questão:
TJ PRIMEIRA INSTANCIA001.08.002241-4/00 -
INSTRUÇAO CRIMINAL
15/12/2008
Quando do oferecimento de suas razões em recurso de Apelação interposto pelos I. Drs. Defensores dos réus contra decisão proferida por este Juízo, que indeferiu pedido de liberdade provisória formulado pelos mesmos, o N. Causídicos chegaram a declarar, de forma expressa e categórica, em mais de uma ocasião – como bem lembrado pelo nobre representante do Ministério Público às fls. 4058 – que durante as investigações, os réus “PERMITIRAM” a coleta de sangue deles, querendo, com isso, demonstrar que estavam colaborando para a instrução do feito. Como podem, agora, virem novamente em Juízo para afirmarem exatamente o contrário e, o que é mais sintomático, alegar que se trata de fato novo ? (..........) como já ressaltado, não se trata de fato novo, mas de informação que há muito já constava dos autos, não adquirindo esta característica tão somente porque tal situação teria sido veiculada através de reportagem jornalística, a qual, diga-se de passagem, foi subscrita por jornalista que supostamente pertenceria à equipe da assistente técnica Delma Gama e Narici, que foi contratada pelos próprios réus, como mencionado pelo Dr. Promotor de Justiça em suas contra-razões deste recurso (fls. 4057).
Até quando teremos que esperar para que a justiça seja feita? Até quando a defesa dos Nardonis utilizará destes artifícios, que , embora legais, só trazem mais sofrimento a todos? Ana Carolina de Oliveira teve sua vida alterada tragicamente e os culpados demorarão quanto tempo para receberem a sentença???????????

JUSTIÇA JÁ!

JÚRI POPULAR AGORA!

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