quarta-feira, 6 de maio de 2009

Os naturais que só devem ser utilizados mediante prescrição de especialista


Fitoterápicos

Se utilizados incorretamente, ou em doses inadequadas, os compostos medicinais podem se tornar inócuos e até mesmo tóxicos para a saúde.Utilizar espécies vegetais como forma de tratamento não é tão simples como aparenta. Apesar de alternativos, os fitoterápicos não deixam de ser medicamentos e, por isso, devem ser prescritos por um profissional qualificado.Existem casos de compostos desta categoria cujo uso é livre, ou seja, podem ser adquiridos sem a prescrição médica. Mas a automedicação não é recomendada, pois pode acarretar problemas relativos à toxidade do elemento, com prejuízos para rins e fígados, principalmente.Segundo Maria Izabel Lamounier de Vasconcelos, nutricionista que trabalha em parceria com o Ganep no desenvolvimento de projetos especiais, diferentemente do que segue a crença popular, o uso de plantas medicinais não é isento de risco."Todo profissional que indicar um fitoterápico precisa ter pleno conhecimento do princípio ativo, ação, efeitos e, principalmente, contra-indicações”.De olho na regulamentaçãoA regulamentação vigente é outro detalhe importante; deve ser consultada periodicamente. Recentemente a Agência Nacional de Vigilância Sanitária publicou nova lista de fitoterápicos, determinando quais estão isentos de prescrição médica."Esta nova lista é bastante abrangente, mas há um grande número de plantas que ainda não foram incluídas. A normatização é imprescindível para garantir a qualidade dos produtos. Periodicamente surgem novos estudos sobre plantas medicinais utilizadas em todas as partes do mundo, há milhares para o tratamento de doenças por meio de mecanismos muitas vezes desconhecidos”.Mesmo em casos de medicamentos fitoterápicos isentos da necessidade de prescrição médica, todo cuidado é pouco. Uma orientação profissional é imprescindível para evitar problemas sérios."Todo princípio ativo terapêutico é benéfico, se utilizado para o fim indicado, sob a forma e quantidade adequadas. A dosagem inferior faz do produto irrelevante. Por outro lado, se for superior, pode tornar-se tóxico”, alerta Maria Izabel.
RedaçãoeAgora.com.br

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