Os promotores do processo contra a dona-de-casa Lori Drew (foto acima) , 49 anos acusada de envolvimento em um caso de "trote" na internet, pediram ao juiz do caso a sentença máxima de três anos de prisão para ela. Eles rejeitaram a recomendação dos oficiais de condicional, que apontaram apenas para a liberdade vigiada, além do pagamento de uma fiança de US$ 5.000.
"A acusada se tornou o semblante público do cyberbullying", escreveram os promotores, em sua proposição à corte. "Uma sentença de condicional encoraja outros a usar a internet para atormentar e explorar crianças."
No julgamento ocorrido em novembro, a dona-de-casa foi absolvida da acusação de conspiração e condenada apenas por obter acesso a um computador sem autorização. Cada condenação por esse tipo de acesso --ela foi condenada três vezes-- rende uma pena de até um ano de prisão e US$ 100 mil de multa. Ela poderia ter pego até 20 anos de prisão, caso fosse condenada por todas as acusações.
Mas, de acordo com o site da revista Wired, em uma avaliação prévia enviada à corte por oficiais de condicional, houve o cálculo que, dentre outros fatores, leva em consideração o histórico criminal de Drew. A partir daí, os oficiais apontaram para uma sentença leve, que tem como referência entre zero e seis meses de detenção, mais o pagamento da multa.
"[Uma] sentença acima [da sugerida pelos oficiais] alcança o objetivo primário de que as ofensas impuseram danos emocionais (...) que resultaram na morte [de Megan Meier]", escreveu a acusação no documento.
O veredicto final do processo será divulgado no dia 18 de maio.
O caso
Segundo informações do processo, Drew e sua assistente, Ashley Grills, teriam criado o perfil falso no MySpace para atormentar a garota. Grills admitiu ter criado o perfil, mas disse que sua chefe escreveu algumas das mensagens para Megan.
Na troca de mensagens, o falso garoto chegou a dizer que amava a menina. Mas, em 16 de outubro de 2006, um recado de "Josh" dizia que "o mundo seria um lugar melhor sem Megan Meier". A garota se suicidou naquele dia.
Grills também admite ter mandado a mensagem. Com o recado, tinha a intenção de terminar o "relacionamento virtual", porque sentiu que a "brincadeira" estava indo longe demais, alega.
À época, o MySpace informou em nota que "respeita a decisão do júri e que vai continuar a trabalhar com especialistas da indústria para aumentar a consciência das pessoas sobre o cyberbullying e os males que ele pode causar".
Fonte: Folha Online
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