terça-feira, 5 de maio de 2009

Hepatite mata duas crianças e escola é interditada em Goiás

GOIÂNIA - A Secretaria de Saúde de Águas Lindas de Goiás confirmou a morte de duas meninas por Hepatite Tipo A. A Vigilância Sanitária investiga a possibilidade de uma das crianças, de 11 anos, ter contraído a doença pela água da Escola Municipal Ayrton Senna. Outros oito alunos da escola também foram contaminados e medicados. No início da noite desta segunda-feira, dia 4, a escola foi interditada por sete dias. A outra vítima, de 5 anos, pode ter contraído hepatite no bairro onde mora, que não tem saneamento básico.
Agentes da Vigilância Sanitária do município, a 193 quilômetros de Goiânia, chegaram à noite ao prédio onde funcionam as escolas municipal Jardim América e estadual Ayrton Senna. A superintendente do órgão, Suely Maria de Almeida Santos, informou que as aulas estarão suspensas até que saia o resultado da análise dá água usada pelos alunos nas escolas.
- Vamos interditar a escola por sete dias, porque não há como ela funcionar sem água. A água será analisada - explicou Suely.
A diretora, Eliana Moraes, acredita que a doença não está sendo transmitida pela água da escola, mas aprovou a interdição. Até agora, não se sabe como tantas crianças foram contaminadas pelo vírus da hepatite.
- Mas é preciso analisar a água - justificou a diretora.
De acordo com a Vigilância Sanitária, de 2008 para cá foram confirmados oito casos de hepatite. Todos alunos que estudam no mesmo prédio, onde funciona uma escola estadual e outra municipal. Na última segunda-feira foi registrada uma morte, a de Mariana Rodrigues Ferreira, de 11 anos.
Uma professora mora perto da quadra onde Mariana morava, no bairro Jardim América. Ela conta que a situação do local é precária. Depois do que aconteceu, teme que a doença se alastre ainda mais.
- Essa preocupação é devido à água que vem da chuva - diz.
Por causa da situação, a Vigilância Sanitária fez um levantamento junto à população do bairro e descobriu que há mais suspeitas da doença.
- Algumas mães disseram que o filho teve cólica abdominal, vômito. Foram mais ou menos 60 pessoas que falaram isso, mas nenhum desses casos foi confirmado - diz a superintendente da Vigilância Sanitária.
Quem mora no bairro e tem filhos matriculados nas escolas está apreensivo.
- Fiquei muito preocupada. Não sou só eu, mas a maioria das mães ficou, porque as crianças estudam aqui - disse uma moradora.


fonte: O Globo On Line

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Verbratec© Desktop.