O relatório “Violência contra os povos indígenas no Brasil”, que será divulgado pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi) logo mais nesta quarta (6) mostra que em 2008 foram registrados 60 assassinatos e 34 suicídios de indígenas em todo o país. Todos os casos de suicídio ocorreram entre os Guarani Kaiowá, de Mato Grosso do Sul. Esses povos também foram os que mais sofreram com assassinatos, 42 pessoas mortas.O documento oficial será apresentado durante o 6º Acampamento Terra Livre que reúne índios de diversas etnias e de várias partes do Brasil até a próxima sexta-feira (8), na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. De acordo com o Cimi, as mortes violentas revelam um “quadro de autodestruição”, pois a maioria dos homicídios foram cometidos pelos próprios Guarani Kaiowá, “em contexto de briga”.
Além dos Guarani Kaiowá sul-mato-grossenses, também sofreram com a violência a etnia Guajará, no Maranhão (3 assassinatos, 7 tentativas, 6 ameaças de morte e 1 espancamento). Em Minas Gerais, segundo o Cimi, foram registrados 4 assassinatos. O relatório ainda cita episódios de violência em Pernambuco e na Bahia.
Caos no atendimento de saúde indígena
O Conselho Indigenista Missionário também denuncia o “caos no atendimento à saúde”. A entidade, ligada à Igreja Católica, afirma que no ano passado 68 índios morreram como consequência da “desassitência à saúde”, recorrente nos estados do Acre, Amazonas, de Rondônia, do Tocantins, de Goiás, Maranhão e do Mato Grosso do Sul.
Com informações de Gilberto Costa
Agência Brasil
Jornal Diário de Mato Grosso do Sul
Foto: Tânia Leonor
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