MINISTÉRIO DA SAÚDE
GABINETE PERMANENTE DE EMERGÊNCIAS
NOTA À IMPRENSA
Sexta-feira, 31/07/2009, às 15h30
Situação epidemiológica da nova influenza A (H1N1) no Brasil
PRINCIPAIS DESTAQUES
O Boletim Epidemiológico produzido pelo Gabinete Permanente de Emergências do Ministério da Saúde e divulgado nesta sexta-feira (31), faz uma análise a partir da notificação, investigação, diagnóstico laboratorial e tratamento dos pacientes infectados pelo vírus influenza A (H1N1) e que apresentaram, além de febre e tosse, dificuldade respiratória, ainda que moderada — quadro compatível com a síndrome respiratória aguda grave (SRAG) — e dos grupos de risco para desenvolver formas graves da doença.
Entre os principais pontos observados no boletim, estão:
1. O nível de gravidade dos casos de influenza A (H1N1) e de gripe comum se mantém semelhantes (19% para a nova gripe e 18,5% para a gripe sazonal), reforçando a indicação de que a abordagem clínica para diagnóstico, tratamento e internação deve ser a mesma para os casos de síndrome gripal.
2. Também são semelhantes os principais sintomas apresentados pelos pacientes graves infectados por ambos os grupos de vírus.
3. Doenças respiratórias crônicas e gestação são os principais fatores de risco presentes nos casos de SRAG, tanto em pessoas infectadas pelo novo vírus como pela influenza sazonal.
4. Gestação, cardiopatias e hipertensão são os fatores de risco mais freqüentes entre os pacientes graves por Influenza A (H1N1) que evoluem a óbito.
5. As duas últimas evidências acima reforçam o protocolo de manejo clínico elaborado pelo Ministério da Saúde, e adotado por outros países, Organização Pan Americana de Saúde (OPAS) e Organização Mundial de Saúde (OMS), que inclui grávidas e pessoas com doenças cardiovasculares e respiratórias entre os grupos de risco que devem receber o tratamento até 48 horas após o início dos sintomas.
6. Em relação ao boletim anterior (24/7), o índice de pessoas com Influenza A (H1N1) que morreram em relação às que apresentavam algum grau de gravidade caiu de 12,8% para 10,3%.
7. Quem tem pelo menos um fator de risco e doença grave pelo novo vírus tem 3,46 vezes mais risco de morrer, quando comparado com o grupo de pessoas, também com doença grave pelo novo vírus, mas sem fator de risco. Essa evidência também reforça, de maneira cabal, o protocolo de manejo clínico elaborado pelo Ministério da Saúde, que orienta a priorização para os grupos com fatores de risco.
8. Dentre os vírus influenza que circulam atualmente no Brasil, permanece a proporção de 60% do tipo A (H1N1), observada no último boletim.
Confira o detalhamento dessas informações:
ANÁLISES
• No Brasil, entre 25 de abril e 25 de julho, foram informados pelas Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde 10.623 casos suspeitos de algum tipo de gripe. Do total, 1.958 (18,4%) foram confirmados como influenza A (H1N1) e 669 (6,3%) como influenza sazonal.
• Dos 10.623 casos de síndrome gripal no país, 2.962 (27,9%) apresentaram febre, tosse e dificuldade respiratória, ainda que moderada, sintomas compatíveis com a definição de síndrome respiratória aguda grave (SRAG). Dentre os casos de SRAG, a frequência dos sintomas se assemelha entre os infectados pelos vírus H1N1 e sazonal, conforme tabela abaixo:
• Das pessoas infectadas pelo A(H1N1), 19% tiveram algum sinal de agravamento da doença. Nas pessoas infectadas pela influenza sazonal, a proporção foi de 18,5%. Os números reforçam a tendência já presente no boletim epidemiológico da semana passada, evidenciando a semelhança entre a gravidade dos casos de influenza A (H1N1) e de gripe comum no Brasil. Os dados reforçam que a abordagem clínica para diagnóstico, tratamento e internação deve ser a mesma para os casos de síndrome gripal.
• Cabe destacar que não é indicado comparar estes percentuais de agravamento com o que é referido em outros países, considerando que nem todos os países utilizam os mesmos parâmetros para classificar ou notificar casos graves.
• A análise dos casos confirmados de SRAG demonstra que o sexo feminino representa 56,9% do total, sendo que este percentual é superior para influenza sazonal, em relação a influenza por A(H1N1).
• Doenças respiratórias crônicas e gestação são os principais fatores de risco para desenvolver SRAG, tanto em pessoas infectadas pelo novo vírus como pela influenza sazonal.
• Dentre os casos de SRAG por influenza A(H1N1), 31,2% apresentam pelo menos um fator de risco, enquanto que esta proporção para influenza sazonal é de 28,2%.
ÓBITOS
• Até as 8h de 29 de julho, foram notificados ao Ministério da Saúde 56 óbitos por Influenza A(H1N1). Eventuais novos casos reportados a partir deste horário e data serão registrados no próximo boletim epidemiológico. Das 56 mortes registradas, 36 foram do sexo feminino (52,2%) e, do total de mulheres, 9 eram gestantes.
• Em relação ao boletim anterior (24/7), a taxa de letalidade entre os casos confirmados de SRAG pelo vírus A(H1N1) caiu de 12,8% para 10,3%.
• A taxa de mortalidade dos casos confirmados de SRAG pelo novo vírus é de 0,029 óbitos por 100 mil habitantes. Cabe destacar que, de acordo com o protocolo brasileiro, o cálculo da taxa de letalidade em relação ao total de casos de influenza não é mais utilizado como parâmetro para monitorar o comportamento da doença, uma vez que os casos leves não são mais notificados, exceto em surtos.
• Na análise dos óbitos registrados até 25 de julho (34 no total), observou-se que, dos casos de mulheres com SRAG pelo A (H1N1) que morreram, 26,3% eram gestantes. Entre os outros fatores de risco para morte que se destacam estão doenças cardíacas e hipertensão arterial. É importante lembrar que, em muitas situações, essas enfermidades estão associadas.
• Quem tem pelo menos um fator de risco tem 3,46 vezes mais risco de óbito. A avaliação foi feita entre pacientes que apresentaram SRAG pelo novo vírus e que morreram. Entre as pessoas com pelo menos um fator de risco, a taxa de letalidade foi de 15,09%; entre as que não têm fator de risco, 4,36%.
EXAMES LABORATORIAIS
• Na análise dos resultados de exames laboratoriais realizados em 3.456 amostras coletadas na rede sentinela de síndrome gripal, 780 (22,5%) foram positivas para vírus respiratórios. Dentre as amostras positivas, observa-se que, a partir de 20 de junho, os vírus influenza A (que pode incluir vírus sazonal e o novo vírus) passam a representar cerca de 60% dos resultados. Entretanto, outros vírus respiratórios têm sido detectados, como o vírus sincicial respiratório, adenovirus e parainfluenza.
• A rede sentinela é um sistema de vigilância que conta com 62 unidades no país responsáveis pela coleta de amostras monitoramento e identificação dos vírus que circulam na comunidade.
Atendimento à Imprensa
(61) 3315-2351/3580
jornalismo@saude.gov.br
*****
Prevenção
Os órgãos de saúde recomendam às pessoas que apresentarem sintomas de síndrome gripal – febre, acompanhada de tosse ou dor de garganta por até cinco dias – a procurar atendimento médico e evitar aglomerações e locais públicos. A pessoa deve permanecer em seu domicílio durante o período de transmissão: adultos por sete dias após o início dos sintomas e crianças por 14 dias após o início.
As orientações de prevenção são lavar as mãos freqüentemente com sabonete e água, especialmente depois de tossir ou espirrar e não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal. Também deve-se evitar tocar olhos, nariz ou boca; manter o ambiente ventilado; evitar contato próximo com pessoas doentes; evitar aglomerações e ambientes fechados; ter uma alimentação balanceada e aumentar a ingestão de líquidos.
O uso de máscaras só é recomendado para as pessoas que estão com síndrome gripal. Segundo o secretário de Saúde, Fernando Monti, a máscara é uma barreira para que as secreções contaminadas do doente não cheguem a outras pessoas.
GABINETE PERMANENTE DE EMERGÊNCIAS
NOTA À IMPRENSA
Sexta-feira, 31/07/2009, às 15h30
Situação epidemiológica da nova influenza A (H1N1) no Brasil
PRINCIPAIS DESTAQUES
O Boletim Epidemiológico produzido pelo Gabinete Permanente de Emergências do Ministério da Saúde e divulgado nesta sexta-feira (31), faz uma análise a partir da notificação, investigação, diagnóstico laboratorial e tratamento dos pacientes infectados pelo vírus influenza A (H1N1) e que apresentaram, além de febre e tosse, dificuldade respiratória, ainda que moderada — quadro compatível com a síndrome respiratória aguda grave (SRAG) — e dos grupos de risco para desenvolver formas graves da doença.
Entre os principais pontos observados no boletim, estão:
1. O nível de gravidade dos casos de influenza A (H1N1) e de gripe comum se mantém semelhantes (19% para a nova gripe e 18,5% para a gripe sazonal), reforçando a indicação de que a abordagem clínica para diagnóstico, tratamento e internação deve ser a mesma para os casos de síndrome gripal.
2. Também são semelhantes os principais sintomas apresentados pelos pacientes graves infectados por ambos os grupos de vírus.
3. Doenças respiratórias crônicas e gestação são os principais fatores de risco presentes nos casos de SRAG, tanto em pessoas infectadas pelo novo vírus como pela influenza sazonal.
4. Gestação, cardiopatias e hipertensão são os fatores de risco mais freqüentes entre os pacientes graves por Influenza A (H1N1) que evoluem a óbito.
5. As duas últimas evidências acima reforçam o protocolo de manejo clínico elaborado pelo Ministério da Saúde, e adotado por outros países, Organização Pan Americana de Saúde (OPAS) e Organização Mundial de Saúde (OMS), que inclui grávidas e pessoas com doenças cardiovasculares e respiratórias entre os grupos de risco que devem receber o tratamento até 48 horas após o início dos sintomas.
6. Em relação ao boletim anterior (24/7), o índice de pessoas com Influenza A (H1N1) que morreram em relação às que apresentavam algum grau de gravidade caiu de 12,8% para 10,3%.
7. Quem tem pelo menos um fator de risco e doença grave pelo novo vírus tem 3,46 vezes mais risco de morrer, quando comparado com o grupo de pessoas, também com doença grave pelo novo vírus, mas sem fator de risco. Essa evidência também reforça, de maneira cabal, o protocolo de manejo clínico elaborado pelo Ministério da Saúde, que orienta a priorização para os grupos com fatores de risco.
8. Dentre os vírus influenza que circulam atualmente no Brasil, permanece a proporção de 60% do tipo A (H1N1), observada no último boletim.
Confira o detalhamento dessas informações:
ANÁLISES
• No Brasil, entre 25 de abril e 25 de julho, foram informados pelas Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde 10.623 casos suspeitos de algum tipo de gripe. Do total, 1.958 (18,4%) foram confirmados como influenza A (H1N1) e 669 (6,3%) como influenza sazonal.
• Dos 10.623 casos de síndrome gripal no país, 2.962 (27,9%) apresentaram febre, tosse e dificuldade respiratória, ainda que moderada, sintomas compatíveis com a definição de síndrome respiratória aguda grave (SRAG). Dentre os casos de SRAG, a frequência dos sintomas se assemelha entre os infectados pelos vírus H1N1 e sazonal, conforme tabela abaixo:
• Das pessoas infectadas pelo A(H1N1), 19% tiveram algum sinal de agravamento da doença. Nas pessoas infectadas pela influenza sazonal, a proporção foi de 18,5%. Os números reforçam a tendência já presente no boletim epidemiológico da semana passada, evidenciando a semelhança entre a gravidade dos casos de influenza A (H1N1) e de gripe comum no Brasil. Os dados reforçam que a abordagem clínica para diagnóstico, tratamento e internação deve ser a mesma para os casos de síndrome gripal.
• Cabe destacar que não é indicado comparar estes percentuais de agravamento com o que é referido em outros países, considerando que nem todos os países utilizam os mesmos parâmetros para classificar ou notificar casos graves.
• A análise dos casos confirmados de SRAG demonstra que o sexo feminino representa 56,9% do total, sendo que este percentual é superior para influenza sazonal, em relação a influenza por A(H1N1).
• Doenças respiratórias crônicas e gestação são os principais fatores de risco para desenvolver SRAG, tanto em pessoas infectadas pelo novo vírus como pela influenza sazonal.
• Dentre os casos de SRAG por influenza A(H1N1), 31,2% apresentam pelo menos um fator de risco, enquanto que esta proporção para influenza sazonal é de 28,2%.
ÓBITOS
• Até as 8h de 29 de julho, foram notificados ao Ministério da Saúde 56 óbitos por Influenza A(H1N1). Eventuais novos casos reportados a partir deste horário e data serão registrados no próximo boletim epidemiológico. Das 56 mortes registradas, 36 foram do sexo feminino (52,2%) e, do total de mulheres, 9 eram gestantes.
• Em relação ao boletim anterior (24/7), a taxa de letalidade entre os casos confirmados de SRAG pelo vírus A(H1N1) caiu de 12,8% para 10,3%.
• A taxa de mortalidade dos casos confirmados de SRAG pelo novo vírus é de 0,029 óbitos por 100 mil habitantes. Cabe destacar que, de acordo com o protocolo brasileiro, o cálculo da taxa de letalidade em relação ao total de casos de influenza não é mais utilizado como parâmetro para monitorar o comportamento da doença, uma vez que os casos leves não são mais notificados, exceto em surtos.
• Na análise dos óbitos registrados até 25 de julho (34 no total), observou-se que, dos casos de mulheres com SRAG pelo A (H1N1) que morreram, 26,3% eram gestantes. Entre os outros fatores de risco para morte que se destacam estão doenças cardíacas e hipertensão arterial. É importante lembrar que, em muitas situações, essas enfermidades estão associadas.
• Quem tem pelo menos um fator de risco tem 3,46 vezes mais risco de óbito. A avaliação foi feita entre pacientes que apresentaram SRAG pelo novo vírus e que morreram. Entre as pessoas com pelo menos um fator de risco, a taxa de letalidade foi de 15,09%; entre as que não têm fator de risco, 4,36%.
EXAMES LABORATORIAIS
• Na análise dos resultados de exames laboratoriais realizados em 3.456 amostras coletadas na rede sentinela de síndrome gripal, 780 (22,5%) foram positivas para vírus respiratórios. Dentre as amostras positivas, observa-se que, a partir de 20 de junho, os vírus influenza A (que pode incluir vírus sazonal e o novo vírus) passam a representar cerca de 60% dos resultados. Entretanto, outros vírus respiratórios têm sido detectados, como o vírus sincicial respiratório, adenovirus e parainfluenza.
• A rede sentinela é um sistema de vigilância que conta com 62 unidades no país responsáveis pela coleta de amostras monitoramento e identificação dos vírus que circulam na comunidade.
Atendimento à Imprensa
(61) 3315-2351/3580
jornalismo@saude.gov.br
*****
Prevenção
Os órgãos de saúde recomendam às pessoas que apresentarem sintomas de síndrome gripal – febre, acompanhada de tosse ou dor de garganta por até cinco dias – a procurar atendimento médico e evitar aglomerações e locais públicos. A pessoa deve permanecer em seu domicílio durante o período de transmissão: adultos por sete dias após o início dos sintomas e crianças por 14 dias após o início.
As orientações de prevenção são lavar as mãos freqüentemente com sabonete e água, especialmente depois de tossir ou espirrar e não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal. Também deve-se evitar tocar olhos, nariz ou boca; manter o ambiente ventilado; evitar contato próximo com pessoas doentes; evitar aglomerações e ambientes fechados; ter uma alimentação balanceada e aumentar a ingestão de líquidos.
O uso de máscaras só é recomendado para as pessoas que estão com síndrome gripal. Segundo o secretário de Saúde, Fernando Monti, a máscara é uma barreira para que as secreções contaminadas do doente não cheguem a outras pessoas.
Para ver todas as tabelas, acesse a fonte: Brasil contra a pedofilia
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