A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que os bebês sejam alimentados exclusivamente com leite materno no primeiro semestre de vida. Nas grandes cidades, estudos revelam que as mulheres introduzem outros alimentos na dieta dos filhos muito cedo. No entanto, a recomendação da OMS parece ser seguida pelas populações indígenas do leste de Roraima: o peito da mãe é a única fonte de alimento das crianças, em média, até os seis meses de idade. Ele deixa de ser fonte nutricional aos 16 meses, em média. Esses são alguns dos resultados de um estudo coordenado pela enfermeira com doutorado em ciências sociais Evelyne Mainbourg, do Centro de Pesquisa Leônidas e Maria Deane (CPqLMD), unidade da Fiocruz em Manaus.
Foram estudadas 266 crianças indígenas menores de 6 anos. Mais de um terço delas ainda recebiam o leite materno. O aleitamento materno faz parte do saber tradicional dos índios e é especialmente importante nas comunidades indígenas rurais. É bem possível que, devido às dificuldades socioeconômicas, muitas mulheres dessas comunidades não tenham facilmente outro alimento além do leite materno para oferecer aos filhos. De qualquer forma, não é desejável que as índias usem para seus filhos leite industrializado e mamadeiras. Afinal, o peito da mãe deve ser a única fonte de alimento do bebê durante os primeiros meses. O leite materno contém, na medida certa, todos os nutrientes necessários ao desenvolvimento da criança, além de protegê-la contra doenças.
Em cada quatro crianças indígenas do leste de Roraima, três deixam de mamar entre 12 e 15 meses de idade. Entre esses índios, assim como na maioria das populações, antes que o leite materno seja completamente retirado da dieta, ele vai ser consumido, ao mesmo tempo, com mingau e alimentos sólidos - em um regime de amamentação parcial.
"Se esses alimentos são introduzidos progressivamente na dieta do bebê e o aleitamento materno é mantido durante vários meses após o início do consumo de mingau, a dieta fica equilibrada", diz Evelyne, que também é especialista em saúde e nutrição no desenvolvimento. "Porém, observamos que crianças indígenas em amamentação parcial corriam um risco maior de ficarem anêmicas. Isso nos leva a pensar que a alimentação complementar ao aleitamento materno não está sendo totalmente adequada", afirma a pesquisadora.
Os tempos de amamentação nas comunidades indígenas do leste de Roraima são semelhantes aos dos índios Guarani e Terena. Contudo, são de duas a três vezes superiores aos observados em populações não-indígenas. "Para as mulheres das zonas urbanas, a necessidade de retornar ao trabalho quando a criança tem quatro meses faz com que, nesta idade, a criança passe da amamentação exclusiva para a amamentação parcial", afirma Evelyne. E acrescenta: "Curiosamente, recomenda-se que a criança seja amamentada até os seis meses, o que muitas vezes não é possível, nem em regime de amamentação parcial, porque a produção de leite materno se torna bem menor devido ao maior intervalo entre as mamadas e ao estresse, quando a mãe volta a trabalhar".
Em cada quatro crianças indígenas do leste de Roraima, três deixam de mamar entre 12 e 15 meses de idade. Entre esses índios, assim como na maioria das populações, antes que o leite materno seja completamente retirado da dieta, ele vai ser consumido, ao mesmo tempo, com mingau e alimentos sólidos - em um regime de amamentação parcial.
"Se esses alimentos são introduzidos progressivamente na dieta do bebê e o aleitamento materno é mantido durante vários meses após o início do consumo de mingau, a dieta fica equilibrada", diz Evelyne, que também é especialista em saúde e nutrição no desenvolvimento. "Porém, observamos que crianças indígenas em amamentação parcial corriam um risco maior de ficarem anêmicas. Isso nos leva a pensar que a alimentação complementar ao aleitamento materno não está sendo totalmente adequada", afirma a pesquisadora.
Os tempos de amamentação nas comunidades indígenas do leste de Roraima são semelhantes aos dos índios Guarani e Terena. Contudo, são de duas a três vezes superiores aos observados em populações não-indígenas. "Para as mulheres das zonas urbanas, a necessidade de retornar ao trabalho quando a criança tem quatro meses faz com que, nesta idade, a criança passe da amamentação exclusiva para a amamentação parcial", afirma Evelyne. E acrescenta: "Curiosamente, recomenda-se que a criança seja amamentada até os seis meses, o que muitas vezes não é possível, nem em regime de amamentação parcial, porque a produção de leite materno se torna bem menor devido ao maior intervalo entre as mamadas e ao estresse, quando a mãe volta a trabalhar".
Fernanda Marques
FIOCRUZ
Minha filha deu a luz na Itália e foi desencorajada a amamentar. Interessante né.
ResponderExcluirolha só que bebe mais lindo e gostoso, que fofura.
ResponderExcluirSe meu bebe que vai nascer daqui a pouco me puxar vai ser quase igual á essa fofura de indiozinho!!! Porque sou quase igual a ele.
olha só que bebe mais lindo e gostoso, que fofura.
ResponderExcluirSe meu bebe que vai nascer daqui a pouco me puxar vai ser quase igual á essa fofura de indiozinho!!! Porque sou quase igual a ele.