A IMPORTÂNCIA DO ALEITAMENTO MATERNO
Já está devidamente comprovada, por estudos científicos, a superioridade do leite
materno sobre os leites de outras espécies. São vários os argumentos em favor do aleitamento materno.
Evita mortes infantis
Graças aos inúmeros fatores existentes no leite materno que protegem contra infecções,
ocorrem menos mortes entre as crianças amamentadas. Estima-se que o aleitamento
materno poderia evitar 13% das mortes em crianças menores de 5 anos em todo
o mundo, por causas preveníveis (JONES et al., 2003). Nenhuma outra estratégia isolada
alcança o impacto que a amamentação tem na redução das mortes de crianças menores
de 5 anos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Unicef, em torno
de seis milhões de vidas de crianças estão sendo salvas a cada ano por causa do aumento
das taxas de amamentação exclusiva.
No Brasil, em 14 municípios da Grande São Paulo, a estimativa média de impacto
da amamentação sobre o Coeficiente de Mortalidade Infantil foi de 9,3%, com variações
entre os municípios de 3,6% a 13%. (ESCUDER; VENÂNCIO; PEREIRA, 2003)
A proteção do leite materno contra mortes infantis é maior quanto menor é a criança.
Assim, a mortalidade por doenças infecciosas é seis vezes maior em crianças menores
de 2 meses não amamentadas, diminuindo à medida que a criança cresce, porém ainda
é o dobro no segundo ano de vida (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2000). É
importante ressaltar que, enquanto a proteção contra mortes por diarréia diminui com
a idade, a proteção contra mortes por infecções respiratórias se mantém constante nos
primeiros dois anos de vida. Em Pelotas (RS), as crianças menores de 2 meses que não
recebiam leite materno tiveram uma chance quase 25 vezes maior de morrer por diarréia
e 3,3 vezes maior de morrer por doença respiratória, quando comparadas com as
crianças em aleitamento materno que não recebiam outro tipo de leite. Esses riscos foram menores, mas ainda significativos (3,5 e 2 vezes, respectivamente) para as criançasentre 2 e 12 meses. (VICTORIA et al., 1987)
A amamentação previne mais mortes entre as crianças de menor nível socioeconômico.
Enquanto para os bebês de mães com maior escolaridade o risco de morrerem no
primeiro ano de vida era 3,5 vezes maior em crianças não amamentadas, quando comparadas com as amamentadas, para as crianças de mães com menor escolaridade, esse
risco era 7,6 vezes maior (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2000). Mas mesmo nos países mais desenvolvidos o aleitamento materno previne mortes infantis. Nos Estados
Unidos, por exemplo, calcula-se que o aleitamento materno poderia evitar, a cada ano,
720 mortes de crianças menores de um ano. (CHEN; ROGAN, 2004)
Um estudo demonstrou que a amamentação na primeira hora de vida pode ser um
fator de proteção contra mortes neonatais. (EDMOND et al., 2006)
Leia mais em: Caderno de Atenção Básica - Ministério da Saúde
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