quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Encontrado o corpo de economista brasileiro que desapareceu na África


RIO - Foi encontrado, na manhã desta quarta-feira, o corpo do economista brasileiro Gabriel Buchmann, que estava desaparecido no Malawi, na África. A informação foi passada ao Itamaraty, que já comunicou a família. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, os parentes de Gabriel vão alugar um helicóptero para retirá-lo do local. Em seguida, o corpo será autopsiado no próprio Malawi, para que sejam descobertas as causas da morte.
O Itamaraty ainda não sabe quando o corpo será trasladado para o Brasil.Gabriel - que tinha 28 anos de idade - estava desaparecido desde o dia 17 de julho, quando começou a escalar o Monte Mulanje, no Malawi, país no Centro-Sul da África. O economista dispensou um guia local e começou a fazer a subida sozinho. A família foi oficialmente notificada do sumiço no dia 20, pela chancelaria francesa. Gabriel tem dupla cidadania.
A namorada de Gabriel e um tio dele já estavam no Malawi acompanhando as buscas, que eram realizadas por duas equipes: uma por terra e outra pelo ar. O corpo de Gabriel foi localizado pelo grupo de terra, formado por voluntários canadenses e bombeiros do Rio de Janeiro. Onze voluntários da corporação tinham embarcado para o Malawi para ajudar nas buscas. Na casa da mãe do economista, parentes ainda não querem comentar o assunto. "Estamos digerindo a notícia, que acabamos de receber", disse um homem, ao telefone.
Gabriel viajava pelo mundo desde 31 de julho de 2008, e já tinha visitado 60 países. As viagens faziam parte de um estudo do economista, que se preparava para fazer doutorado em Economia da Pobreza na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos. Ele tinha mestrado pela PUC-Rio e trabalhou no Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas.
Um dos países mais pobres do mundo, o Malawi era a última etapa da viagem de Gabriel, que deveria voltar ao Rio de Janeiro no último dia 28. Desde que o economista desapareceu, família e amigos montaram uma rede para tentar encontrar o economista e criaram um blog na internet, para receber notícias e doações.



O Globo

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