domingo, 7 de junho de 2009

Oficial da PSP investigado por pedofilia


O envolvimento virtual com uma adolescente conduziu os inspectores ao computador do subcomissário. Foram encontradas ligações a várias páginas de Internet com conteúdo pedófilo. O polícia diz que consultou por uso profissional, ao serviço do Departamento de Deontologia.
Um oficial da PSP, ao serviço do Núcleo de Deontologia e Disciplina, está a ser investigado pela Polícia Judiciária por suspeita de actos sexuais com adolescentes. O processo já está no Ministério Público, a cargo da secção coordenada pelo procurador João Guerra - que conduziu o processo Casa Pia.
Segundo fonte judicial, o caso foi denunciado segunda-feira, dia 1 deste mês, por uma equipa da então denominada Direcção Central de Investigação à Corrupção e Criminalidade Económica e Financeira (DCICEF).
Isto porque, segundo fonte policial, o computador de serviço do oficial da PSP terá sido alvo de uma perícia que veio a revelar que este consultava páginas da Internet com conteúdo "evidentemente pedófilo", disse a fonte.
As suspeitas terão sido lançadas através de um vídeo que correu vários e-mails, entre eles de polícias, e que mostravam o oficial de polícia a masturbar-se perante o computador. As imagens terão sido gravadas por um irmão da adolescente que estava do outro lado. A partir desta denúncia, o computador ao serviço da PSP terá sido passado a pente fino e os inspectores da Polícia Judiciária depararam-se com ligações a páginas com imagens de menores em actos sexuais.
O oficial da PSP, um subcomissário de 44 anos, é reconhecido pelos colegas como "um profissional exemplar", como disse ao DN um dos agentes que já trabalhou com ele. "Já fez um trabalho exemplar na Cinotecnia, passou pelo comando de uma divisão da PSP da Margem Sul e de outra em Lisboa e agora estava ao serviço da Deontologia", disse o colega.
Cabe ao Núcleo de Deontologia e Disciplina da Direcção Nacional da PSP, que funciona na Avenida António Augusto Aguiar, em Lisboa, instruir os processos disciplinares aplicados a todos os elementos da PSP.
Contactada pelo DN, a Direcção Nacional da PSP, através do comissário Paulo Flor, garantiu não ter "conhecimento oficial sobre a investigação de crimes de cariz sexual que possa pender sobre um elemento da PSP". Só a ser "oficializada essa investigação, a PSP promoverá o necessário procedimento disciplinar como é expectável que o faça perante o conhecimento de determinados factos".
Ao que o DN apurou, o subcomissário ainda não foi constituído arguido e o próprio garante que nem sabia que estava a ser investigado (ver entrevista ao lado).
Fonte da PJ diz, por seu turno, que ele sabe do processo, mas que ainda está a ser reunida prova para poder avançar com a sua constituição de arguido ou mesmo com um mandado de detenção.


POR:SÓNIA SIMÕES
PARA: DN Portugal

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