sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Adolescente de 15 anos que morreu em voo vindo da Disney não tinha gripe suína


SÃO PAULO - A adolescente Jacqueline Ruas, de 15 anos, que morreu no avião, na volta de uma excursão à Disney, não estava contaminada pelo vírus influenza A H1N1. Laudos do Instituto Adolfo Lutz, que confirmaram que a jovem não foi infectada pelo vírus, comprovam exames feitos pela adolescente ainda nos Estados Unidos. O diagnóstico dos médicos americanos foi de pneumonia. De acordo com a Tia Augusta, empresa de turismo que organizou a viagem, os médicos não proibiram a viagem de Jacqueline de volta do Brasil.
Jacqueline passou mal ainda na primeira etapa do voo, entre a Flórida, nos Estados Unidos, e a Cidade do Panamá, onde embarcou de cadeira de rodas em uma conexão para o Brasil. A família de Jacqueline já confirmou que pretende processar a empresa de turismo por negligência.
- A decisão de processá-los (agência de turismo) já foi tomada, por causa da soma de negligências que levou à fatalidade. Em nenhum momento, comunicaram à família a gravidade do caso. Minha sobrinha poderia até vir a óbito, mas a família tinha que ser informada sobre a gravidade do caso. Se ela passou mal no voo, não deveria ter embarcado de cadeira de rodas no Panamá. Deveria ter sido atendida por um médico e a família deveria ser avisada - afirmou a tia da menina, Magda Paz Santos, logo após a morte, em 1º de agosto.
De acordo com Magda, a empresa não procurou a família. (Jornal Hoje: veja o vídeo feito pela menina)
Magda afirma que a família soube apenas que Jacqueline teve sintomas de gripe e que os médicos americanos descartaram infecção por influenza A H1N1 . Mas não tiveram qualquer informação sobre o estado de saúde da menina durante a viagem de volta ao Brasil. Embora não tenham constatado a gripe H1N1 (gripe suína), os médicos americandos teriam recomendado que caso ela sentisse cansaço, deveria retornar ao hospital, o que não aconteceu.
A adolescente pode ter morrido enquanto dormia e já estava morta ao ser atendida dentro do avião da Copa Airlines, segundo o médico Aníbal Fenelon Junior. Primeiro a chegar até a poltrona da menina, depois do pedido de ajuda da tripulação do avião da Copa Airlines, Fenelon Junior disse que a adolescente estava inerte, fria e não respondia a estímulos.



O Globo

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